Leonardo Gadelha considera que houve falha na divulgação do “Meu INSS”

O ex-presidente do INSS no governo de Michel Temer, o paraibano Leonardo Gadelha, suplente de deputado federal pelo Podemos, comentou sobre sua convocação para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que vai investigar os descontos indevidos em benefícios do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

Para Gadelha, é possível que a CPMI entregue à sociedade brasileira o que de mais importante ela pode oferecer, que é o aprimoramento e o aperfeiçoamento das normativas do arcabouço legal.

Ele destacou que a parte investigativa é relevante, mas já está sendo executada pelo TCU, CGU, Ministério Público e Polícia Federal. Segundo Gadelha, o mais importante é que a CPMI apresente à sociedade um novo arcabouço mais resistente a esse tipo de desvio de recursos públicos.

Gadelha disse não ter tido ciência de que, em sua gestão, houvesse esse tipo de desconto e lembrou que todas as suas prestações de contas foram aprovadas. No entanto, admite que isso não significa que não pudesse ter ocorrido algum malfeito naquele período.

Ele afirmou ainda ter orgulho da criação do “Meu INSS” durante sua gestão, ferramenta que permite ao cidadão acompanhar possíveis descontos indevidos e buscar a via judicial caso identifique irregularidades.

Segundo Gadelha, se tivesse havido uma comunicação mais efetiva do governo sobre o uso da plataforma, dificilmente o problema teria alcançado a dimensão atual. Para ele, se os beneficiários soubessem que podiam acompanhar mensalmente os descontos em seus benefícios, os prejuízos seriam muito menores.

Essa ferramenta foi criada entre 2016 e 2017, durante sua gestão, e está à disposição de todo cidadão brasileiro. Basta, segundo ele, que haja uma comunicação mais eficiente para que as pessoas saibam como utilizá-la e conferirem seus benefícios a qualquer momento.