Política

Operação Calvário: Ricardo Coutinho afirma ser vítima de perseguição política

Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2025 às 18:35

ricardo coutinho

Foto: ParaibaOnline/Arquivo

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Nesta quinta-feira (24), o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PT), se pronunciou sobre a Operação Calvário, classificando-a como um instrumento de perseguição política.

A declaração ocorre dias após o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) decidir remeter ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o processo relacionado à operação.

Durante entrevista à imprensa, o ex-governador afirmou que foi alvo de uma tentativa de condenação antecipada movida por setores do Ministério Público e do Judiciário que, segundo ele, atuaram com motivações políticas.

“Eu sou um perseguido de uma era em que esse país entrou nas mais profundas trevas. De 2013 até 2022, vimos surgir setores nos Ministérios Públicos e no Judiciário que passaram a querer fazer política. Para isso, dependiam da repercussão na imprensa, o que lhes dava poder de condenar por antecipação qualquer um que não rezasse pelo credo político deles”, declarou.

Coutinho citou nomes como o ex-juiz Sérgio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol, a quem atribuiu a “corrupção do Judiciário e do Ministério Público”, e também afirmou que seu apoio aos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Dilma Rousseff (PT) foi um dos fatores que o colocaram na mira dos investigadores.

“Eu sabia que seria um dos alvos pelo meu apoio a Lula e Dilma. Isso me colocou como uma das vozes importantes na defesa não apenas deles, mas da democracia. Durante todo esse processo, eu só tinha a internet para me defender. Meu discurso continua o mesmo frente às acusações falsas”, pontuou.

Sobre os indícios levantados pela Operação Calvário, Ricardo Coutinho afirmou que não há provas concretas de desvio de recursos.

“Você inventa uma operação e, quando vira tudo de cabeça para baixo, não existe superfaturamento. Como é possível negociar um esquema de corrupção sem superfaturamento? Não tem caminho do dinheiro, não tem indício de enriquecimento ilícito. Mas, mesmo assim, eu sou apontado como culpado”, destacou.

O ex-governador também ressaltou que a quantidade dos investimentos e obras durante sua gestão impossibilitariam a prática de algum crime.

“Em um governo como o meu, que mais realizou obras na história da Paraíba, como poderia sobrar recursos, num orçamento de R$ 10 bilhões, para haver desvio? Tudo isso faz parte de uma disputa política, e essa disputa ainda não acabou. No futuro, tenho certeza de que surgirão muitas novidades que explicarão o porquê de tudo isso”, concluiu.

 

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