Cabo Gilberto critica decisão da PGR e fala em “perseguição política”

Nesta terça-feira (15), o deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL) reagiu à decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR), que recomendou a condenação do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e outros sete pela suposta trama golpista.

Em entrevista à imprensa, o parlamentar paraibano, aliado de Bolsonaro, classificou o parecer da PGR como parte de uma “perseguição política” e reforçou a tese de que o processo estaria sendo conduzido com viés ideológico.

“Já sabíamos que isso iria ocorrer, até porque é um jogo de cartas marcadas, sem credibilidade. Estão jogando a credibilidade das instituições brasileiras na lata do lixo. É um julgamento totalmente político, sem pé nem cabeça desde o início”, afirmou.

Cabo Gilberto também criticou o acordo da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, peça central nas investigações. Segundo o deputado, a delação teria sido obtida sob coação.

“Prova disso é a delação, onde o delator foi torturado pelo Estado brasileiro, totalmente em desacordo com a legislação em vigor, onde o juiz não pode participar dessa oitiva da forma que foi. Ele (Mauro Cid) foi ameaçado, mudou a versão diversas vezes, e a PGR se apega apenas nisso”, disse.

Para o parlamentar, o processo conduzido pela PGR e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) compromete a imagem do país.
“Estão jogando junto com a Suprema Corte, o que é visto em toda a comunidade nacional e internacional como atitude ditatorial. Isso é um prejuízo enorme para a imagem do Brasil tanto internamente quanto externamente”, pontuou.

Cabo Gilberto ainda afirmou que o ex-presidente Bolsonaro não cometeu nenhum crime e que a tentativa de golpe nunca existiu.
“Lamento mais uma vez essa perseguição contra o presidente Bolsonaro, que não cometeu nenhum crime. É mais uma narrativa criada para tentar manipular a opinião pública sobre uma tentativa de golpe que, de fato, nunca existiu”, concluiu.