João Azevêdo evita polemizar cobranças de Adriano Galdino sobre sucessão

Durante agenda administrativa no Sertão da Paraíba, na última sexta-feira (04), o governador João Azevêdo (PSB) comentou as recentes declarações do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos), que tem cobrado protagonismo na construção da chapa governista para a sucessão estadual em 2026.

Em entrevista à imprensa, questionado sobre a análise dessa postura, Azevêdo preferiu destacar a importância do diálogo entre os partidos aliados e a legitimidade de qualquer cidadão em se colocar como opção eleitoral.

“Cada cidadão pode se colocar. Qualquer um com mais de 18 anos e título de eleitor pode ser candidato a governador. Não tem problema nenhum. Talvez a gente ainda esteja acostumado com aquela ideia de imposição. Nós temos alianças com vários partidos, e cada um vai definir como, com quem e com qual nome irá participar da chapa. Eu não posso impor nada dentro do Republicanos. O partido precisa sentar, discutir internamente e apresentar à aliança o nome que quiser”, disse o governador.

João Azevêdo também comentou a movimentação do Republicanos, que tem demonstrado interesse em indicar um nome para disputar a segunda vaga ao Senado Federal.

“O Republicanos tem dito claramente que quer colocar um nome à disposição para a disputa no Senado, na segunda vaga, e eu entendo isso como uma mensagem do presidente Hugo Motta. É assim que fazemos política: com diálogo, não com imposição. Política não é feita à força. Os partidos têm seus próprios interesses e representantes. Não é porque alguém ocupa um cargo de vereador, deputado ou presidente de poder que vai impor decisões”, afirmou.

Questionado sobre a estratégia para acomodar todos os nomes e interesses na construção da chapa majoritária, Azevêdo considerou positivo o cenário de disputa interna.

“Nós temos quatro vagas. E que bom que temos 15 ou 20 querendo estar na chapa. Quem não quer governar um estado que hoje está nessa situação? Um dos sete estados do país com superávit primário, superávit fiscal, com dinheiro para investimento. Eu ficaria preocupado se a gente não tivesse ninguém querendo governar a Paraíba”, concluiu.