Deputado defende unidade na base de João Azevêdo e evita antecipar apoio a Cícero

O deputado estadual Hervázio Bezerra (PSB) voltou a comentar o cenário de sucessão ao governador João Azevêdo e reforçou, em entrevista à Rádio Caturité FM, a importância de manter a base governista unida diante das especulações que cercam as eleições de 2026.

Embora tenha admitido preferência pessoal pelo prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), o parlamentar evitou antecipar posicionamentos formais e alertou que qualquer declaração precipitada pode gerar “um verdadeiro terremoto” político.

“A política tem jeito pra tudo, né? O ruim é você falar sobre hipótese. Você antecipa e arrisca em função disso. E hoje, qualquer declaração pode gerar um terremoto que começa em Campina e termina reverberando nos portais de notícias da Paraíba inteira”, declarou.

Segundo Hervázio, sua relação com o governador João Azevêdo, construída ao longo dos últimos anos, é marcada por confiança e respeito. “Sou do PSB, sou amigo do governador, e ele sempre teve atenção e carinho com meu filho Léo, que é vice-prefeito de João Pessoa. João tem sido assertivo, nos atende nas demandas e nos fortalece politicamente”, afirmou.

Apesar de declarar publicamente sua admiração por Cícero Lucena — de quem foi aliado desde os tempos do PMDB, quando presidiu a Câmara Municipal de João Pessoa durante a primeira gestão do atual prefeito —, Hervázio frisou que isso não o impede de apoiar outras lideranças, como o vice-governador Lucas Ribeiro ou o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino.

“Tenho a maior vontade do mundo de dizer, mas não escondo que tenho apreço pelo nome de Cícero. Agora, isso não significa que eu vá desqualificar qualquer outro companheiro. Não tenho dificuldade nenhuma de votar em Adriano ou Lucas, desde que haja unidade no grupo. O que mais queremos é que o grupo se mantenha coeso e forte”, reforçou.

O deputado também lembrou que, além da vaga de governador, haverá duas outras candidaturas majoritárias em jogo — vice e Senado — e que há espaço para articulação e diálogo entre as lideranças. “Vamos aguardar. A política surpreende. Já vimos rupturas e também grandes gestos de desprendimento. O importante é que a chapa reflita o que o grupo representa hoje para a Paraíba.”