Deputado admite preocupação com composição da chapa proporcional do PSB

Durante entrevista concedida à Rádio Caturité FM, o deputado estadual Hervázio Bezerra (PSB) demonstrou preocupação com a organização da nominata de candidatos a deputado estadual do partido para as eleições de 2026.

Segundo ele, apesar do tempo hábil para articulações, é preciso que o PSB inicie conversas concretas com pré-candidatos e lideranças regionais para fortalecer a legenda na próxima disputa.

“Partidos menores que o PSB estão promovendo reuniões, fortalecendo suas nominatas com nomes competitivos. Nós temos algumas perspectivas de novas candidaturas, como é o caso de Tibeiro e outros companheiros, mas ainda não houve uma conversa direta com o presidente do partido, o governador João Azevêdo, que tem uma agenda muito cheia e está envolvido na sucessão estadual”, declarou Hervázio.

O parlamentar lembrou que, nas eleições anteriores, o PSB enfrentou dificuldades para eleger deputados federais, mesmo com o peso da máquina estadual. “Apesar da marca do governo, só conseguimos eleger um deputado federal, que foi Gervásio Maia. Temos tempo, mas é preciso agir com estratégia”, alertou.

Hervázio defendeu a convocação de nomes experientes que já passaram pelo PSB, como o ex-prefeito Nelinho Costa e a primeira-dama de Bananeiras, Maria, entre outros. Ele também mencionou as baixas recentes na legenda, como o anúncio de que o deputado Jeová Campos não disputará a reeleição e a provável saída de Júnior Araújo, que deve migrar para outra sigla durante a janela partidária.

“São nomes fortes, com votações expressivas, que nos desfalcam. Precisamos trabalhar para manter, no mínimo, os seis deputados atuais. Não é só uma questão de nomes de peso, mas de garantir musculatura e estabilidade ao partido”, afirmou.

Por fim, Hervázio disse que já planeja provocar uma reunião com o diretório estadual e os pré-candidatos para que o PSB possa, “olhando no olho”, avaliar o real interesse de cada um em disputar o pleito. “Confiamos na força do governador e do governo, mas temos certa apreensão com o tempo para comandar esse processo político com a atenção que ele exige”, concluiu.