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Foto: ParaibaOnline
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A deputada Danielle do Vale (Republicanos) criticou o posicionamento contrário do Ministério Público de Contas à indicação da servidora pública Alanna Galdino para o cargo de conselheira do Tribunal de Contas da Paraíba. A indicação foi aprovada pelo Poder Legislativo e a nomeação já foi efetuada pelo governador João Azevêdo (PSB).
Conforme a parlamentar, o caso já deveria ter sido encerrado com a nomeação. No entanto, na última sessão do TCE, o debate ultrapassou o campo técnico e invadiu a esfera da qualificação pessoal — e, o mais grave, segundo ela: com um viés de gênero.
“Ao comentar a indicação de uma nova conselheira para o TCE, a procuradora responsável afirmou que a indicada não tem trajetória própria, que sua história teria sido construída pelo pai e que ela sequer teria opinião formada. Essa fala, infelizmente, repete um padrão histórico: o de colocar em dúvida a legitimidade das mulheres que ocupam espaços de poder, especialmente em cargos tradicionalmente masculinos”, disse.
Segundo a deputada, o que mais chama atenção é que a crítica partiu de outra mulher, que, ao invés de fortalecer, fragiliza a luta por mais representatividade. “Ninguém está imune a críticas; nenhum processo dentro desta Casa está imune a críticas e avaliações. É o curso normal e faz parte da vida pública, mas é preciso responsabilidade ao fazê-las”, destacou.
Ela lembrou ainda que nenhum homem indicado ao TCE teve a trajetória atribuída ao pai e que nenhum teve sua capacidade posta em dúvida por, supostamente, não ter opinião própria. “Por que aceitamos que isso aconteça com as mulheres? Reafirmo aqui meu repúdio a qualquer forma de deslegitimação baseada em gênero. O meu compromisso é com a valorização das mulheres em todos os espaços e, principalmente, nos espaços de poder”, enfatizou.
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