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Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE
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Nove em cada dez brasileiros consideram que a presença de mulheres na política contribui para melhorar o ambiente político e a sociedade em geral.
É o que revela a pesquisa inédita intitulada “Por Mais Mulheres na Política”, realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e pelo Ipec, com apoio do Ministério das Mulheres.
O estudo aponta também que 89% dos entrevistados querem mais mulheres como candidatas na próxima eleição.
A maioria é favorável à presença feminina na política, mas, para 77% dos entrevistados, as mulheres não são estimuladas desde jovens a se interessar pelo meio.
Além disso, 84% consideram que a pequena quantidade de mulheres em cargos políticos mostra que elas são discriminadas e que deveriam ter mais apoio para participar da política.
A advogada Laura Astrolabio é cofundadora de uma iniciativa chamada Tenda das Candidatas, que na última eleição ajudou mulheres candidatas a organizar suas campanhas eleitorais.
Para a mestra em políticas públicas e em direitos humanos, um outro dado apontado pela pesquisa chama atenção: para quatro em cada dez brasileiros, os assédios e os ataques machistas dentro e fora dos partidos são uma das principais barreiras à participação das mulheres na política.
“Pra gente combater uma violência, a gente precisa nomear essa violência. Eu entendo que a gente precisa de políticas públicas e conscientização social para que as pessoas entendam que, quando falamos de assédio e machismo na política, nós estamos falando de violência política de gênero e raça. As pessoas precisam saber o que é violência política de gênero e raça. Precisam saber que é um crime e precisam saber que é preciso combater”, destaca Laura.
Discriminação e ataques machistas contra a mulher na política são indicados pela pesquisa como as principais barreiras para o aumento da participação feminina no meio.
A pesquisa revelou também que, ao escolherem as principais razões para votar em uma mulher, 36% apontam sua maior capacidade de organização e 34% defendem a visão de que as mulheres devem participar da vida pública e das decisões políticas.
Os brasileiros identificam a saúde e a educação como as áreas que mais registrariam avanços e melhorias se os cargos de poder no Executivo ou no Legislativo fossem ocupados por mulheres.
*com informações abr
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