Janine Lucena, filha do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), que ocupa a Secretaria Municipal de Saúde, foi um dos alvos da Operação Mandere – deflagrada na manhã desta sexta-feira (03), pela Polícia Federal.

A secretária executiva de Saúde teve a casa vasculhada por mandados de busca e apreensão efetuados por policiais federais, cuja ação teve por objetivo desarticular e aprofundar a coleta de elementos de prova acerca de um grupo criminoso que atua em João Pessoa e região metropolitana.

O prefeito falou com a imprensa e disse que Janine Lucena teve o nome envolvido por conta de uma ligação telefônica de um presidiário.

“Ela é uma mulher pública, se você ligar, ela atende, mais do que isso, não existe nada. Está tudo tranquilo”, disse Cícero Lucena, que afirmou ainda que quer que a Polícia apure se, eventualmente, existem servidores do município entre os 27 mil, que tenham alguma culpa e que sejam responsabilizados.

Sobre esses específicos, nós já determinamos, que seja verificado e apurado efetivamente”, informou.

No primeiro momento, o prefeito não cogita o afastamento de ninguém das atividades até porque vai depender do processo que a Polícia vai fazer.

“O que nós fizemos de uma forma muito clara foi disponibilizar toda informação necessária. Existem busca, apreensão, prisões, mas nada de servidor municipal”, explicou.

Indagado pela imprensa como ele está em busca da reeleição, se não temia que esse episódio fosse usado pelos seus adversários políticos durante a campanha eleitoral, Cícero respondeu que não porque tem a consciência tranquila, pois lembrou que já foi vítima de outras acusações (Operação Confraria em 2005) e que Deus o havia dado a oportunidade de provar sua inocência.

“Eu tenho experiência. O que me alimenta é a minha fé e a minha tranquilidade de os meus passos serem aqueles de um homem público deve ser. Quanto aos adversários se vão ou não  se aproveitar disso, que não deveria ser assim, mas tem gente que não tem caráter e aproveita”, enfatizou.