Policial

Alerta para escalada da violência contra a mulher na Paraíba

Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2025 às 17:05

delegacia da mulher em joão pessoa

Foto: Secom-PB/Arquivo

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Diante do aumento dos registros de violência contra a mulher na Paraíba, a coordenadora das Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres (DEAM), Sileide Azevêdo, fez um alerta sobre a gravidade do cenário e defendeu o engajamento de toda a sociedade no enfrentamento a esse tipo de crime.

Em entrevista à imprensa, Sileide afirmou que os casos recentes têm causado preocupação não apenas no estado, mas em todo o país.

“Nós estamos estarrecidos, observando cenas no cenário estadual e nacional, de graves violências contra as mulheres, inclusive, crimes de feminicídios”, disse.

A coordenadora destacou que o combate à violência contra a mulher não pode ser uma responsabilidade apenas das forças de segurança, mas precisa envolver a sociedade como um todo.

“É preciso que toda a sociedade assuma um papel de envolvimento nesse enfrentamento a essa forma tão grave de violência”, afirmou.

Segundo Sileide Azevêdo, o feminicídio raramente ocorre de forma isolada, sendo quase sempre o resultado de um histórico contínuo de agressões.

“Precisamos compreender que o feminicídio não é o primeiro episódio de violência, mas ele está precedido de diversas formas de violência que ocorrem ao longo desse relacionamento”, pontuou.

Ela chamou atenção para a violência moral como um dos primeiros sinais do ciclo abusivo.

“A violência moral é a porta de entrada das outras violências que se configuram por meio de xingamentos, ofensas, ameaças a essa mulher, o que causa adoecimento psicológico”, alertou.

A coordenadora reforçou a necessidade de apoio às vítimas para que consigam romper esse ciclo antes que situações mais graves ocorram.

“É preciso ajudar essas mulheres que estão vivendo essas situações de violências para que consigam romper esse ciclo, para que nós não testemunhemos outros crimes de feminicídio”, afirmou.

Sileide também destacou que a permanência em relações abusivas não ocorre por escolha da vítima, mas por uma série de fatores que dificultam a saída.

“É preciso compreender que não existe mulher que gosta de apanhar, que não existe mulher que gosta de viver uma relação abusiva, mas uma mulher que, em meio a um ciclo de violência, não consegue rompê-lo, porque muitas vezes depende economicamente, emocionalmente”, explicou.

A coordenadora reforçou a importância do Disque 197, canal de denúncias anônimas da Polícia Civil, como ferramenta fundamental para a prevenção de crimes mais graves.

“O feminicídio é um crime evitável, desde que nós possamos intervir nessa situação de violência que ocorre antes desse grave crime. Então, todos nós, enquanto sociedade, pelo fim dessa forma de violência, e nossa ação, muitas vezes com uma simples ligação, é suficiente para salvar a vida de uma mulher”, concluiu.

 

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