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Policial
Foto: Vladimir Platonow/Agência Brasil
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O coronel Hilton Guimarães comentou, em entrevista à Rádio Caturité FM, a recente operação policial realizada no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro. O militar destacou a complexidade das ações em áreas dominadas pelo tráfico e ressaltou que, apesar das críticas, as forças de segurança atuam com planejamento, inteligência e alto risco.
Segundo ele, é importante que as análises sobre o caso sejam feitas com cautela e conhecimento técnico.
“Estando a distância, qualquer análise não condiz plenamente com a realidade de quem estava no cenário da ocorrência. Infelizmente, hoje todo mundo se acha especialista em tudo — em futebol, em política e também em segurança pública. Mas é preciso compreender a dimensão do que é uma operação numa comunidade como aquela”, afirmou o coronel.
Guimarães explicou que as favelas do Rio apresentam características que dificultam a ação policial, com ruas estreitas, casas de vários andares e uma rede de vigilância dos criminosos.
“A polícia entra praticamente de peito aberto. Eles têm informantes, drones, pontos de observação. É um ambiente em que os traficantes conhecem cada viela, cada esconderijo. Mesmo com o trabalho de inteligência, o risco é enorme”, pontuou.
Sobre as críticas de que as operações deveriam priorizar a inteligência em vez do confronto, o coronel ressaltou que uma fase complementa a outra.
“A inteligência identifica os criminosos, descobre conexões, armas, rotas e alvos. Mas ela não atua sozinha. É na execução que o enfrentamento acontece, e muitas vezes é inevitável. A polícia não sai para matar, mas sai para não morrer”, explicou.
Hilton Guimarães também destacou que a operação na Penha demonstrou preparo e estratégia, evitando vítimas inocentes.
“De todos os que foram abatidos, todos tinham ficha criminal. Isso mostra que houve planejamento e controle. A polícia evitou mortes de civis e perdas entre os seus homens, o que demonstra capacidade técnica e responsabilidade”, afirmou.
Encerrando sua análise, o coronel ressaltou a importância de reconhecer o trabalho das forças policiais e compreender a complexidade das operações desse tipo.
“Essas ações envolvem risco extremo e exigem preparo, disciplina e coragem. É muito fácil julgar de longe, mas quem conhece o terreno sabe que cada passo é uma decisão entre a vida e a morte”, concluiu.
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