Fechar
O que você procura?
Policial
Foto: Polícia Civil
Continua depois da publicidade
Continue lendo
A mãe do menino autista de 11 anos morto pelo próprio pai em João Pessoa, na última quarta-feira (6), relatou que sempre tentou incentivar a convivência entre os dois.
O caso chocou o país após o suspeito, identificado como Davi Piazza Filho, confessar à Polícia Civil ter matado o filho, Arthur, por não querer mais pagar a pensão alimentícia, que girava em torno de R$ 1.800.
Aline Lorena, mãe da criança, contou que fazia constantes apelos para que o ex-marido fosse mais presente na vida do filho, que além do autismo também tinha deficiência visual. Segundo ela, o dinheiro nunca foi o principal motivo das conversas, mas sim a convivência.
“Das últimas vezes ainda falei para ele: ‘não é o dinheiro, a questão é a convivência, é o Arthur conviver mais com você’. Eu sempre pedi que ele fosse mais presente, porque é um direito da criança ter contato com o pai e os avós”, disse Aline emocionada.
Apesar da distância física nos últimos anos, o pai costumava pagar regularmente a pensão e chegou a demonstrar interesse em cuidar do menino em Santa Catarina, onde morava. No entanto, o contato entre eles foi diminuindo desde 2022, quando Aline e o filho se mudaram para João Pessoa.
De acordo com as investigações, Davi viajou de Santa Catarina até a capital paraibana alegando que queria retomar o convívio com o filho. A mãe preparou toda a bagagem e orientou o ex-marido sobre os cuidados que Arthur exigia por conta do autismo, mas o reencontro terminou de forma trágica.
O corpo da criança foi encontrado enterrado em uma cova rasa, nas imediações de uma antiga fábrica abandonada no bairro Colinas do Sul, em João Pessoa. Segundo a polícia, o homem confessou ter cometido o crime por estar endividado e não querer continuar pagando a pensão.
Aline afirma que ainda busca forças para lidar com a perda. “Nada tem explicação. Sempre lutei pelo bem do meu filho e pelo direito dele de conviver com o pai. É uma dor que não tem fim”, desabafou.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil da Paraíba, que apura todos os detalhes sobre a motivação e as circunstâncias do crime.
© 2003 - 2025 - ParaibaOnline - Rainha Publicidade e Propaganda Ltda - Todos os direitos reservados.