Policial

Padre Egídio é investigado por transferência de imóvel para bebê

Da Redação*
Publicado em 31 de outubro de 2024 às 17:46

padre egídio carvalho

Foto: ParaibaOnline

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O padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, tornou-se réu em um novo processo apresentado pelo Ministério Público da Paraíba, acusado de desviar mais de R$ 140 milhões da instituição. As acusações incluem pagamento de propina, lavagem de dinheiro, desvio de finalidade e apropriação indébita.

Após ser preso em outubro de 2023 durante a Operação Indignus, Egídio atualmente cumpre prisão domiciliar. Investigações anteriores já indicavam que parte dos recursos desviados foi utilizada na compra de imóveis de luxo.

A mais recente denúncia, no entanto, revela que um apartamento adquirido em janeiro de 2022 foi transferido para o nome de um bebê de apenas 1 ano e 11 meses, sem qualquer vínculo de parentesco com o padre, em uma tentativa de ocultar a origem dos fundos, avaliados em cerca de R$ 700 mil.

Localizado na nobre região da praia de Cabo Branco, o imóvel teve sua transferência concretizada em dezembro de 2022, logo após Egídio iniciar procedimentos para desvinculá-lo de seu nome.

As investigações revelam que os recursos desviados eram destinados a programas sociais, incluindo a distribuição de refeições a moradores de rua e apoio a famílias refugiadas da Venezuela.

Segundo as investigações, ao longo de sua gestão, Egídio adquiriu 29 imóveis luxuosos em estados como Paraíba, Pernambuco e São Paulo, e ainda pagou a faculdade de Medicina do sobrinho, com mensalidades de R$ 13 mil.

Para manter o esquema, o padre formou uma parceria com a diretora do hospital e a tesoureira da unidade, ambas presas em 2023. Durante a pandemia de Covid-19, Egídio autorizou a compra de 38 monitores essenciais, que nunca foram entregues, levantando suspeitas sobre a lisura da gestão.

Além disso, a promotoria encontrou na residência do padre adegas gourmet repletas de bebidas alcoólicas, e entre 2022 e 2023, ele gastou mais de R$ 120 mil em consumos luxuosos, sempre em uma mesma distribuidora. As investigações continuam, com a Arquidiocese da Paraíba colaborando com as autoridades competentes.

* Com informações do Jornal o Globo

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