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Apuração: jogador de futebol e mais dois são presos suspeitos de estupro coletivo

Da Redação*
Publicado em 26 de julho de 2024 às 22:23

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Foto: ParaibaOnline

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Três homens, incluindo um jogador de futebol, foram presos, em Belo Horizonte (MG), suspeitos de participar de um estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos. O caso foi divulgado pela Polícia Civil nesta sexta-feira (26).

O crime teria acontecido em abril na casa de Lucas Duarte, 20, na capital mineira. “Lucão”, como é conhecido, é atacante do Esporte Clube Taubaté, time do interior de São Paulo.

Os quatro já se conheciam e foram juntos à casa do jogador após uma festa, segundo a polícia.

A adolescente ficou esperando pelos três do lado de fora, já que a entrada dela não foi permitida por ser menor de idade.

A adolescente e Lucas, que já se relacionavam casualmente, foram ao quarto para manter relações sexuais.

“A relação sexual começou de forma consentida, só que, depois, os outros dois entraram no quarto, mas ela não havia autorizado”, afirmou a delegada Letícia Müller.

Ela teria sido agredida com socos, tapas e puxões de cabelo. O jogador de futebol coordenou o estupro coletivo, orientando como os outros dois homens, de 19 anos, deveriam agredi-la, segundo a delegada.

“Foram desferidos diversos socos, principalmente na costela, abdômen e costas”.

Após o crime, a adolescente chegou em casa machucada e contou para a irmã que havia sido estuprada. Quando os suspeitos souberam que um boletim de ocorrência havia sido registrado, eles ainda a ameaçaram, segundo a polícia, afirmando que divulgariam a gravação do estupro.

“O simples fato de filmar cena sexual de criança ou adolescente, ainda que não tenha sido divulgada, é crime”, ressaltou a delegada Thalita Caldeira.

A Polícia Civil informou que recolheu os celulares e outros dispositivos eletrônicos dos dois suspeitos de 19 anos.

O jogador Lucas Duarte só se entregou na tarde desta sexta, quando os outros dois já estavam presos.

OUTRO LADO

O jogador Lucas Duarte negou os crimes. Segundo a Polícia Civil, ele disse que a relação sexual foi consentida, inclusivo os atos de violência.

O suspeito afirmou que a gravação também foi autorizada pela adolescente.

Os outros dois suspeitos afirmaram que foram chamados para a relação sexual por mensagens enviadas pelo jogador.

Eles ainda teriam perguntado a Lucas se a adolescente concordava com a participação deles, e Lucas teria confirmado.

“Só que eles foram e agrediram ela de diversas formas, incentivados pelo mais velho”, disse a delegada Letícia Müller.

A defesa do jogador afirmou à TV Globo que Lucas “tem uma vida ilibada” e “não tem nada a temer”.

A reportagem tenta contato com o Esporte Clube Taubaté sobre a prisão do jogador. Se houver resposta, o texto será atualizado.

COMO DENUNCIAR VIOLÊNCIA SEXUAL

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos.

O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime.

Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados.

O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente.

Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.

*PEDRO VILAS BOAS/uol-folhapress

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