O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público apresentou à Justiça a 4ª denúncia da Operação Indignus, que investiga desvios milionários no Hospital Padre Zé e outras instituições. O padre Egídio de Carvalho Neto é acusado de estelionato.

De acordo com a denúncia, o religioso teria enganado uma médica de 76 anos, ex-funcionária do hospital, para que ela doasse R$ 530 mil à instituição, apesar de ter solicitado que o valor fosse direcionado à Igreja Católica e não diretamente ao Hospital Padre Zé.

A médica, que havia solicitado uma conversa com o arcebispo da Paraíba, Dom Delson, foi persuadida por Egídio a realizar a doação diretamente para o hospital. Em reconhecimento, seu nome foi homenageado na unidade.

Além da doação, Egídio também teria solicitado um empréstimo de R$ 100 mil à médica, com a transferência ocorrendo em 6 de maio de 2022.

O MP afirma que, dos R$ 530 mil doados, R$ 509 mil foram desviados, e metade dos R$ 100 mil emprestados também teria sido direcionada para o religioso.

A denúncia aponta um dano material total de R$ 630 mil e um dano coletivo de R$ 1 milhão.

O padre Egídio já enfrentava outras denúncias relacionadas ao sumiço de aparelhos celulares e à compra e aluguel de veículos, além da aquisição de monitores hospitalares. Até o momento, não houve contato com o religioso para comentar as acusações.

*com informações do g1 pb