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O corpo de uma mulher de 31 anos foi encontrado enterrado debaixo de concreto no quintal de uma casa, no bairro Parque São Luís, em Taubaté (a 133 km de São Paulo), na tarde desta quinta-feira (25).
O namorado dela, Manoel Aurino Chaves dos Santos, 52, foi preso sob suspeita de feminicídio e ocultação de cadáver.
Segundo a polícia, Santos confessou o crime e disse que matou Natália Aline da Silva após uma discussão na semana anterior. Ele não apresentou advogado até esta sexta-feira (26).
Natália Silva estava desaparecida desde a noite do dia 19 e vinha sendo procurada pelos familiares.
O corpo dela foi encontrado após a Polícia Civil receber uma denúncia anônima através do Disque Denúncia comunicando um possível assassinato.
Na ligação, a pessoa detalhou aos policiais que ouviu uma briga entre o casal na residência de Santos e que, no dia seguinte, viu o suspeito carregando um saco de cimento para concretar o quintal.
Ao saber do desaparecimento de Silva, o denunciante diz ter desconfiado da situação.
Policiais e equipes do Corpo de Bombeiros foram até o imóvel e notaram que parte do quintal havia sido reformado recentemente. A área foi escavada, e o corpo da mulher foi localizado a um metro de profundidade.
“Assim que os policiais chegaram na casa para verificar a denúncia, esse homem os atendeu e confessou o crime. O motivo que ele narrou foi uma briga, um motivo fútil e banal. Ele alega que teria agarrado no pescoço da vítima e nesse momento teve um branco. Quando voltou a si, ela já estava morta”, diz o delegado Vinicius Garcia Vieira.
Em relato à polícia, a família da vítima contou que ela e Manoel se conheceram pela internet há cerca de um mês. O homem já havia ido até à casa dos familiares da mulher algumas vezes.
Ainda segundo os parentes, Santos foi até à residência dos pais de Silva nesta semana procurar pela mulher.
Ela deixa três filhos, sendo duas meninas e um menino com idades entre 8 e 13 anos. O corpo dela foi enterrado na manhã desta sexta-feira (26), no cemitério do Belém, em Taubaté.
Dados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo mostram uma crescente nesse tipo de crime.
O feminicídio é o assassinato de mulheres cometido em razão do gênero. São enquadrados nessa tipificação casos de violência doméstica e familiar e de menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
De janeiro a março deste ano, 73 casos de feminicídio já foram registrados no estado. O número é 20% maior do que o registrado no mesmo período de 2023, quando 61 casos foram contabilizados.
Em 2022, nos três primeiros meses do ano, esse número foi de 50 assassinatos registrados.
Ainda segundo o levantamento, em todo o ano passado foram computados 221 feminicídios no estado -13% a mais do que em 2022.
*SIMONE MACHADO/ FOLHAPRESS
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