Policial

Advogado: desde abril ´Toinho da Braiscompany´ estava na Argentina

Da Redação
Publicado em 6 de março de 2024 às 21:39

advogado artemio picanço

Foto: ParaibaOnline

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Goiano, o advogado Artêmio Picanço virou subitamente uma espécie de celebridade na Paraíba. 

Paralelamente ao trabalho policial, ele se antecipou e localizou o sumido Antonio Neto e sua esposa Fabrícia, que consumaram uma bilionária fraude que atende pelo nome empresarial de Braiscompany e deixou aproximadamente 18 mil pessoas com variados prejuízos e vidas pessoais e/ou financeiras desarrumadas.

O advogado esteve ontem na Assembleia Legislativa, por convite do deputado estadual Sargento Neto. 

Ao colunista, confidenciou que detectou a consistente probabilidade de ´Toinho´ estar em solo argentino já em abril do ano passado, mas só a partir de dezembro último conseguiu as provas consistentes de sua localização.

Artêmio veio ao Estado para tentar arregimentar o maior número possível de lesados visando protocolar uma ação coletiva no Judiciário em busca do ressarcimento, pelo menos parcial, do ´investimento´ que virou pó.

De antemão, ele frisa que será uma batalha judicial prolongada, mas com razoáveis chances de sucesso.

E por uma razão fundamental: ao contrário de crimes similares, ´Toinho´ deixou acessíveis e identificáveis muitos e valiosos bens, além de dinheiro em espécie.

Na percepção do advogado, esse patrimônio ´remanescente´ ficou visível porque o ´mentor´ da Braiscompany imaginava que conseguiria arrastar (rolar na linguagem do ramo) por muito mais tempo a empresa que prometia lucros impensáveis.

E por que Picanço apostava que chegaria – mais dias, menos dias – em ´Toinho´: “Ele gosta de holofote (de aparecer) e eu sabia que ele iria falhar em determinado momento. E, em razão dessa falha, foi possível encontrá-lo e repassar as informações às autoridades”.

O advogado modelou uma estrutura recorrente em casos similares ao da Braiscompany: a composição monetária e patrimonial desses investimentos, via de regra, é a seguinte: 15% são de pessoas viciadas (em apostas e em riscos); 25% é dinheiro de capital ´lavado´, dinheiro sujo. E 60% é dinheiro limpo, sendo que de 40% a 50% (desses 60%) entram no último ano (antes da quebradeira). 

Artêmio ligou a ´luz amarela´ na conversa: ainda existem, aqui na Paraíba, várias empresas que “possivelmente são fraudulentas”.

“Fraude nunca vai deixar de existir, porque é uma consequência do comportamento humano”, realçou.

Por fim, um palpite do experiente Artêmio Picanço sobre o bilionário e paralelo universo das ´bets´: “Vejo com certa reticência. A gente tem que analisar muito o que está acontecendo. Está tendo muito dinheiro fácil, patrocínios ´pitorescos´.” 

*informações da coluna Aparte, assinada pelo jornalista Arimatéa Souza.

Para ler a edição completa desta quarta-feira, acesse aqui:

Aparte: deputado Tovar, o (quase) socialista (paraibaonline.com.br)

Veja também:

Braiscompany: advogado que localizou o dono apostou na vaidade de Antonio Neto

https://www.youtube.com/watch?v=3yVkW-fZmxQ&t=1s

Advogado que achou ´Toinho´: Braiscompany integra uma ´indústria´ de fraudes

https://www.youtube.com/watch?v=DEVHeRyd0lM&t=48s 

 

 

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