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*Vídeo: ParaibaOnline
No encerramento da temporada anual da coluna “Do Grão ao Pão”, transmitida pela Rádio Caturité FM, o especialista Norival Monteiro mergulhou nas raízes da culinária nordestina para resgatar a trajetória do Bolo Faixa Branca. Entre a herança indígena e a necessidade imposta pela Segunda Guerra Mundial, o colunista revelou como um “erro” de temperatura em Pernambuco deu origem a uma das iguarias mais singulares da panificação brasileira.
Com mais de 30 anos de atuação no setor, Norival destacou que a alma do bolo reside na mandioca, raiz que exige um saber ancestral para ser transformada. Diferente da macaxeira, a mandioca brava passa pelo processo de produção da puba — termo indígena para “amolecido”. A raiz deve permanecer submersa em água por cerca de sete dias para fermentar e eliminar toxicidades, sendo posteriormente lavada e seca para se tornar a massa base do bolo. “É uma iguaria genuinamente nordestina e brasileira, que não tem similar em nenhum outro lugar do mundo”, pontuou o colunista.
Apesar da complexidade histórica, a lista de ingredientes do bolo é curta, priorizando o sabor do campo. A receita tradicional leva massa de mandioca (puba), açúcar, ovos e leite. O diferencial, segundo o especialista, está na gordura utilizada: embora a margarina seja comum, o uso da manteiga de garrafa eleva a qualidade do produto final.
Para os ouvintes que desejam reproduzir a técnica, Norival compartilhou o segredo do assamento moderno em duas etapas: um choque térmico inicial de 15 minutos a 250°C, seguido por um cozimento mais lento a 170°C por cerca de 50 minutos. O resultado é um bolo denso, úmido e que carrega o DNA das feiras livres do Brasil profundo.
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