Vereador cobra participação de entidades sobre o futuro da Cagepa em Campina Grande

*Vídeo: ParaibaOnline

O vereador Alexandre Pereira (União Brasil) voltou a criticar duramente a atuação da Cagepa em Campina Grande, durante entrevista à Rádio Caturité FM. Para ele, a crise hídrica que atinge diversos bairros e distritos da cidade não está relacionada apenas ao acidente ocorrido no bairro da Prata há um ano, mas a um problema estrutural e histórico na prestação do serviço.

Logo no início, Alexandre destacou que a insatisfação da população está crescendo.

“Eu espero que motive no meio da população um desejo de mudança. Eu hoje liguei a TV logo cedo e as pessoas se queixavam do bairro do Jardim Tavares, do bairro da Glória. A falta d’água hoje em Campina Grande começa com vários distritos, sítios e bairros sem água mais uma vez.”

Alexandre afirmou que a empresa estadual falhou em sua função essencial. “A empresa se mostra deficiente. Ela não consegue mais atender aos anseios da sociedade. A Cagepa é uma empresa deficitária.”

Crítica à renovação da concessão
Para o vereador, o erro começou ainda na gestão municipal anterior, quando a concessão foi renovada sem amplo debate.

“Eu acho que foi um erro da gestão passada não ter feito uma discussão amplamente aberta com a cidade e a Câmara de Vereadores para a renovação da concessão por mais 30, 35 anos. Poderíamos ter debatido amplamente naquele momento: a cidade quer esse modelo de empresa para gerir a distribuição de água e a captação de esgoto?”

Acusações de contradição do Governo do Estado
Alexandre também acusou o Governo da Paraíba de agir de forma contraditória. “O bonzinho do governador, o Joãozinho do Mal, no período eleitoral gravou vídeo dizendo que não privatizaria a Cagepa. Até ontem mesmo já houve audiência pública, à tarde, onde o governo faz chamamento para discutir parcerias públicas e privadas da própria Cagepa. É um governo que mente.”

O vereador criticou o silêncio de setores ligados à esquerda. “Eu não vi nenhuma entidade sindical ligada a esses movimentos de esquerda dizer absolutamente nada. Todo mundo caladinho.”

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