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Paraíba
Foto: Codecom/CG
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No cariri paraibano uma história de 25 anos ganha corpo e se torna uma preservada memória. É a história de um programa de desenvolvimento territorial, que foi lançada no livro “Memórias, Narrativas e Perspectivas: 25 Anos do Pacto Novo Cariri”, obra assinada por Luiz Alberto Amorim, Ivani Costa, Jorge Alves e Ediene Lima.
Em 152 páginas, os autores contam como surgiu e o que resultou a união de mais de 30 municípios em prol de ações que ainda promovem a caprinocultura, o turismo e a cultura no território.
Nessa terra onde as pedras contam histórias e o vento assovia versos de Pinto de Monteiro, de Espedito de Mocinha e traz o som do pífano de Zabé da Loca, nasceu, há um quarto de século, um pacto que não coube apenas no papel. Cresceu como mandacaru no tempo seco, com raízes fincadas na teimosia de quem acredita que o cariri não é fim, mas começo.
Um dos pioneiros no Sebrae/PB na construção dessa história, é o atual superintendente da instituição, Luiz Alberto Amorim, que sempre ressalta essa obstinação do caririzeiro em não querer largar essa terra.
“Ainda não havia um sentimento de pertencimento no cariri, mas o povo queria isso já em 2000. O perfil dessa gente que habita o território &e acute; de resiliência, de gente que aposta o que tem na cultura, no agronegócio e no turismo sustentável, rural, onde temos um dos cenários mais bonitos, com a melhor luz para se fazer cinema, como é em Cabaceiras”, disse Luiz Alberto.
O programa transformou essa realidade de um lugar, antes inóspito, improdutivo e de difícil acesso, para um território destacado, com a maior produção de leite de cabra do Brasil.
“Esse livro do Pacto Novo Cariri chega ao público como quem abre um baú antigo e encontra nele o percurso inteiro de uma gente que se organizou para sonhar junto. E estamos aí, continuando com as ações, desenvolvendo a agenda até 2030, quando o Pacto será novamente renovado”, garantiu o superintendente do Sebrae/PB.
Quando o programa surgiu parecia ousado: integrar municípios, fortalecer saberes locais, promover desenvolvimento econômico com cheiro de chão, de feira, de criação e de comunidade.
O Pacto Novo Cariri nasceu quando o futuro parecia distante, mas as mãos que o moldaram sabiam que o amanhã se faz no hoje, pedra por pedra, palavra por palavra. Assim, relembra a outra autora do livro, Ivani Costa, houve uma reconstrução estratégica da região.
“Minha contribuição na coordenação editorial do livro dos 25 anos do Pacto Novo Cariri foi conduzir a curadoria estratégica dos conteúdos, organizar a narrativa e integrar dados, histórias e depoimentos de forma coerente e sensível. Atuei como ponte entre a técnica e o território, assegurando rigor conceitual sem perder a identidade do cariri. Também consolidei as versões final e narrativa, revisando linguagem, estrutura e fluidez para que o livro refletisse 25 anos de desenvolvimento vivo, feito por gente real”, destacou.
As veredas do Pacto
Entre rotas turísticas de base comunitária, fortalecimento da cultura popular, formação de lideranças e planejamento territorial, o livro do Pacto Novo Cariri devolve à memória coletiva aquilo que muitas vezes se perde na pressa: a percepção de que cada transformação — por menor que seja — tem história, tem autor, tem lógica e tem poesia.
Mais uma autora do livro, a analista técnica do Sebrae/PB, Ediene Lima, traduz o espírito da obra quando fala sobre a produção literária mais recente publicação do Sebrae.
“Ao lançar o livro ‘Memórias, Narrativas e Perspectivas: 25 Anos do Pacto Novo Cariri’, o Sebrae contribui para o desenvolvimento territorial ao reunir e apresentar dados, resultados e registros históricos que evidenciam a evolução do Pacto. A obra consolida informações essenciais sobre as ações, impactos e aprendizados construídos ao longo de 25 anos, fortalecendo a memória do território e apoiando a tomada de decisões para novas iniciativas no Cariri”, enfatizou Ediene.
Conteúdo fluido
O livro do Pacto Novo Cariri traz análises, mapas, painéis numéricos, relatos e capítulos interpretativos e funciona como quem ilumina caminhos. Mostra como o Sebrae/PB ajudou a construir instrumentos de governança regional, a fomentar o empreendedorismo que brota do talento ancestral, como no caso da renda Renascença, e a firmar o cariri como território de inovação, cultura e resistência.
Ler esta obra é caminhar pelas veredas onde o desenvolvimento não sufoca a identidade, mas faz dela o centro das decisões. Ali, o vaqueiro, a rendeira, o poeta, o mestre da cultura, o artesão, o produtor rural são empreendedores e dividem o mesmo palco, porque entendem que o território só cresce quando cresce para todos. Foi desta forma que o último autor do livro, Jorge Alves, se identificou ao ser convidado a escrever a obra conjunta.
“Você escrever a experiência de uma região, sobre a transformação de um lugar onde você só escutava falar em pobreza e seca e ver essa mudança em 25 anos, é muito satisfatório. Eu pude escrever sobre essa nova fase do cariri e validar essa transformação com dados foi uma experiência ímpar”, detalhou Jorge Alves.
Graças a esse trabalho editorial, a obra agora integra a plataforma de e-books — a Biblioteca Digital do Sebrae/PB, disponível em:
https://pb.lojavirtualsebrae.com.br/loja/biblioteca-digital.
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