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*Vídeo: ParaibaOnline
O presidente do Sindicato dos Urbanitários da Paraíba, Wilton Maia, em entrevista à Rádio Caturité FM, nesta quinta-feira (13), falou sobre o rompimento do reservatório da Cagepa em Campina Grande, ocorrido no último sábado (8), que destruiu casas e causou uma morte.
Segundo Wilton, o sindicato tem realizado constantemente inspeções e alertado a gestão da empresa sobre riscos relacionados a condições de trabalho e manutenção das estruturas. Ele destacou que o papel da entidade é identificar e comunicar os problemas, cabendo à gestão tomar as providências necessárias.
“A entidade sindical sempre informou à gestão problemas decorrentes de ergonomia, periculosidade e insalubridade. A gente faz o mapeamento e comunica à gestão, cabendo a ela resolver. O sindicato aponta o problema e entrega pra gestão”, afirmou.
Wilton relatou que o sindicato realiza o que chama de “patrulhas sindicais”, nas quais visita ambientes de trabalho e fiscaliza as condições. Ele citou que já foram feitas diversas notificações à Cagepa sobre a necessidade de recuperação das instalações físicas e que há uma licitação em andamento para esse fim, mas o processo enfrenta dificuldades.
Outro ponto levantado pelo presidente foi o alto grau de terceirização das atividades da empresa, o que, segundo ele, impacta diretamente na qualidade dos serviços.
“Há muita terceirização hoje na Cagepa. Muitos trabalhadores exercem funções diferentes das originais por conta desse excesso. Isso compromete a eficiência, porque quem está há 20 anos no ambiente conhece os riscos e problemas de perto. Já o terceirizado, muitas vezes, não tem esse know-how”, destacou.
Wilton relembrou episódios anteriores que demonstraram a competência dos funcionários efetivos da Cagepa, como o incêndio em Gravatá, em 2019, e a crise hídrica no Açude de Boqueirão, quando as equipes do quadro efetivo foram decisivas para resolver as situações.
Ao comentar o caso do reservatório da Prata, que rompeu no último fim de semana, ele foi cauteloso: “Não posso afirmar o que aconteceu. Isso cabe ao corpo de peritos avaliar. Mas, até onde sabemos, não houve comunicado ao sindicato sobre rachaduras ou vazamentos nessa estrutura específica. Se tivesse havido, nós teríamos ido lá verificar.”
Wilton também mencionou o reservatório R9, onde recentemente foram observadas rachaduras e ferragens expostas.
“A gente já tinha reclamado sobre o concreto e as ferragens aparentes no R9. Houve uma inspeção da Cagepa em maio e outra em agosto deste ano. Chamamos atenção para a necessidade de correção”, pontuou.
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