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O programa Tarifa Zero, implantado pela Prefeitura de Campina Grande, tem mostrado resultados expressivos no aumento do número de passageiros transportados aos sábados e se consolidado como uma importante ferramenta social.
Segundo Hélder Carlos, da STTP, a iniciativa tem revelado o quanto a gratuidade influencia o acesso da população ao transporte coletivo.
“Nos sábados sem tarifa zero, transportamos cerca de 30 mil a 32 mil pessoas. Quando o programa é aplicado, esse número salta para 50 mil a 52 mil passageiros, sem alterar frota, itinerário ou horários. Ou seja, a mesma estrutura atende tranquilamente ao dobro de pessoas”, explicou.
O gestor destacou que a medida não tem gerado relatos de superlotação, o que confirma a capacidade do sistema. No entanto, a grande diferença de demanda levantou um questionamento importante.
“A nossa dúvida é se essas 20 mil pessoas não utilizam o transporte porque realmente não querem ou porque não têm condição de pagar. Existe uma diferença entre poder usar e querer usar, e é isso que estamos tentando identificar agora”, afirmou.
Para aperfeiçoar os estudos, a STTP pede que os usuários continuem utilizando o cartão mesmo na gratuidade, já que isso ajuda a identificar o perfil do passageiro.
“Muitos, com receio de serem cobrados, optam por não passar o cartão, e isso dificulta a análise”, acrescentou.
Outro ponto ressaltado por Hélder foi a escolha do sábado como dia da gratuidade, decisão tomada pelo prefeito Bruno Cunha Lima.
“No início, sugerimos que fosse no domingo, mas o prefeito disse: ‘vamos fazer no sábado, que é o dia da feira’. E essa escolha foi brilhante, porque percebemos que as pessoas utilizam o transporte justamente para acessar a feira e outras atividades”, relatou.
A experiência já foi testada em ocasiões específicas, como no Enem, quando a gratuidade também resultou em aumento da demanda. “Num domingo comum, temos entre três e cinco mil passageiros. No dia do Enem, saltamos para 13 mil, mas sem sobrecarga. Isso reforça a importância do programa”, disse Hélder.
Ele defendeu ainda que, no futuro, o transporte possa avançar para uma tarifa reduzida ou até a gratuidade permanente.
“Na minha opinião, o ideal seria que o transporte público fosse totalmente gratuito. Mas, caso não seja possível, que ao menos tenha uma tarifa módica, garantindo o pertencimento do cidadão ao sistema”.
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