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Foto: ParaibaOnline
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A rotina dos comerciantes de frutas da Feira Central de Campina Grande é marcada por esforço, disciplina e uma forte ligação com a tradição. Entre frutas e histórias de vida, cada feirante carrega consigo não apenas a mercadoria do dia, mas também a experiência de uma jornada que começa ainda de madrugada e só termina quando o movimento dá trégua.
Edna Mônica, vendedora de frutas, lembra como os horários de trabalho mudaram ao longo dos anos. “Antes a gente chegava mais cedo, mas agora começa a cair um pouco, a gente vem de 6h. Antigamente eu saía daqui 8h da noite. Hoje, 3h (15h) eu já tô em casa. No sábado ainda fico até 4h30 (16h30)”, contou.
Já Nildo das Frutas mantém uma rotina ainda mais rígida. Para ele, o dia começa quando boa parte da cidade ainda dorme.
“A hora é 3h da manhã, meu filho, todo dia. Pra organizar a mercadoria, botar pros fregueses e deixar tudo pronto pro movimento. É luta de segunda a sábado, sem parar”, disse.
Com 70 anos de idade e mais de seis décadas de dedicação ao comércio, Seu Chico é exemplo vivo da tradição que atravessa gerações na Feira Central. Ele recorda que desde menino já trabalhava ajudando a família.
“Carreguei feira, vendi verdura, coco, pimentão, limão, manga… tudo isso na mão, no balaio, na cabeça. A vida toda foi aqui. Trabalhei como meu pai trabalhou, e hoje continuo nesse caminho”, relatou.
As falas dos comerciantes revelam mais do que a rotina dura de trabalho. Mostram a força da cultura popular, a resistência do comércio tradicional e o quanto a Feira Central permanece como um espaço de identidade e sustento para tantas famílias campinenses.
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