Infestação do Aedes aegypti: Campina Grande entra em estado de alerta

O terceiro Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) realizado este ano em Campina Grande revelou um dado preocupante: a cidade alcançou um índice de 5,3% de infestação, colocando o município em situação de alto risco para doenças como dengue, zika e chikungunya. A informação foi divulgada pelo coordenador de Vigilância Ambiental, Hércules Lafite, durante entrevista à Rádio Caturité FM.

De acordo com Lafite, o LIRAa é uma metodologia adotada pelo Ministério da Saúde para medir a presença do mosquito transmissor nas residências e espaços urbanos. O índice atual supera o nível considerado aceitável, que é de até 1%.

“Esse resultado nos coloca em alerta máximo. Estamos na faixa de alto risco e precisamos redobrar os cuidados”, afirmou.

O coordenador destacou que o clima instável, com alternância entre chuva e sol, favorece a proliferação do mosquito, especialmente quando a população não adota medidas preventivas.

“As chuvas em Campina Grande este ano estão acima da média do ano passado. Isso, somado à falta de atenção a objetos que acumulam água, aumenta a proliferação do Aedes aegypti”, explicou.

Entre os principais focos de reprodução do mosquito estão tampinhas de garrafa, copos descartáveis, pneus, jarros de plantas, cisternas mal tampadas e outros recipientes que acumulam água parada.

“São pequenos objetos, mas com grande potencial de causar surtos. É preciso que cada cidadão faça sua parte e elimine esses criadouros do ambiente doméstico”, alertou Lafite.

Apesar do cenário preocupante, ele afirmou que as equipes da Vigilância Ambiental estão trabalhando intensivamente para conter o avanço da infestação.

“Seguimos com ações educativas, visitas domiciliares e aplicação de larvicidas. A meta é reduzir esse índice até o último levantamento do ano”, concluiu.

A Secretaria de Saúde reforça o apelo à população para colaborar com a eliminação de focos do mosquito e informa que denúncias ou solicitações de vistoria podem ser feitas diretamente aos agentes de saúde ou pelos canais oficiais da Prefeitura.