Vigilância Ambiental em Saúde: combate ao Aedes exige atenção em casa

A cidade de Campina Grande está em estado de alerta diante do aumento nos índices de infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde com a divulgação do 3º Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2025. O Índice de Infestação Predial (IP) subiu de 3,4% para 5,3%, e o Índice de Breteau (IB), de 3,7% para 5,8%, colocando o município acima dos limites considerados aceitáveis pelo Ministério da Saúde.

Apesar do cenário preocupante, o gerente da Vigilância Ambiental em Saúde, Hércules Lafitte, afirma que a situação está sendo monitorada com rigor.

“Estamos em alto risco, segundo os parâmetros técnicos. Mas é importante frisar que a situação está sob controle e sendo acompanhada de perto”, garantiu. Ele explicou que o aumento no volume de chuvas em 2025 favoreceu a proliferação do mosquito, mas as ações de combate seguem em ritmo intenso.

Lafitte também destacou que a maior parte dos focos do mosquito está dentro dos imóveis, entre 60% e 67%, principalmente em recipientes removíveis como vasos, baldes, garrafas e caixas d’água descobertas. “O combate ao mosquito começa em casa, nos quintais e nas áreas abertas das residências. Por isso, é essencial que cada morador verifique seu ambiente com atenção, pelo menos uma vez por semana”, orientou.

Bairros como Cruzeiro e Jardim Quarenta registraram os índices mais altos, superando os 10%. Também apresentaram taxas elevadas localidades como Santa Cruz, Dinamérica, Ramadinha, Santa Rosa, Presidente Médici e Santa Terezinha.

Com o 4º LIRAa previsto para o fim de setembro, a Secretaria de Saúde pretende intensificar mutirões de limpeza, ações educativas e mobilizações comunitárias.

“A luta contra o Aedes é de todos nós. Vamos seguir trabalhando com firmeza, mas precisamos da colaboração da população. Só assim vamos vencer essa guerra contra o mosquito”, concluiu Lafitte