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Foto: ParaibaOnline
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Com mais de 25 anos de profissão, o sapateiro Carlos Antônio cresceu no ofício herdado do pai e hoje atende uma clientela fiel em Campina Grande, especialmente durante o período do São João, quando o uso de botas — principalmente femininas — dispara. Segundo ele, a procura por reparos e cuidados com o calçado tradicional do forró começa meses antes das festas juninas e exige atenção a detalhes que muitos consumidores ainda desconhecem.
“Tem muita gente que usa a bota molhada e guarda do jeito que tá. Quando chega no outro ano, ela tá danificada”, explicou.
Entre os serviços mais procurados estão colagens, costuras, hidratação e limpeza do couro.
Carlos explica que deixar a bota secar naturalmente, em local arejado, é essencial. “Nada de sol direto. O ideal é deixar no lavabo, que pega um ventinho, e só depois traz pra colar. A cola só pega mesmo se o material estiver bem seco. Mas hoje em dia a cola não dura tanto quanto antes, por isso a costura é sempre o serviço mais garantido.”
O sapateiro aconselha ainda a limpar a bota após o uso e aplicar um produto hidratante antes de guardá-la por longos períodos. “Se fizer isso todo ano, sua bota vai estar sempre macia e conservada.”
Outro ponto importante, segundo ele, é a hidratação do couro. “Tem gente que usa até hidratante de pele — funciona, se a bota for mesmo de couro. Isso prolonga a vida útil dela. Agora o sintético, o famoso PU, tem prazo de validade: dois a três anos no máximo. Depois ele começa a soltar aquela camada e muita gente pensa que é couro. Não é. Vale a pena investir num bom couro, porque ele dura. Já o sintético, nem sempre compensa.”
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