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Foto: ParaibaOnline
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Durante o quadro Memórias, da Rede Ita — com repercussão na Rádio Caturité FM — os historiadores Ida Steinmüller e Vanderley Brito relembraram a trajetória e o legado de Evaldo Cruz, prefeito de Campina Grande na década de 1970, destacando sua atuação marcante nas áreas da cultura, educação, urbanismo e identidade municipal.
“Desde que assumiu, Evaldo Cruz compreendeu que cultura é o coração pulsante de uma cidade. Ele nomeou Eneida Agra como diretora do Teatro Municipal e deu todo o apoio necessário para que eventos como o Festival Nacional do Teatro Amador e o Congresso Nacional de Violeiros florescessem. Foi um tempo de apogeu artístico. Por isso, ficou conhecido como o ‘prefeito da cultura’”, destacou a historiadora Ida Steinmüller.
Vanderley Brito reforçou que Evaldo não apenas investiu na cultura, mas também ajudou a consolidar a identidade de Campina Grande. “Foi Evaldo quem estabeleceu o brasão, a bandeira e o hino do município. Esses símbolos até então não existiam. Ele restaurou a biblioteca municipal, estimulou o carnaval de rua, incentivou exibições de cinema ao ar livre e até ergueu um museu de arte moderna, o Museu de Arte da Furne”, relatou o historiador.
Durante sua gestão, Evaldo Cruz também cedeu espaço físico a projetos importantes como a Facma e o Instituto Histórico de Campina Grande, além de transferir a sede da Prefeitura para o Palácio do Bispo. “Era um gestor que unia sensibilidade cultural e compromisso com a cidade. Sua atenção à educação e aos projetos beneficentes mostram isso”, observou Ida.
Outro destaque de sua administração foi o cuidado com o urbanismo e a mobilidade urbana. Mas, segundo os historiadores, sua mais emblemática realização foi o Parque do Açude Novo. “Aquela belíssima área verde, que hoje leva seu nome, é talvez a maior lembrança física que Campina guarda dele”, lembrou Vanderley.
Após deixar a prefeitura em 1977, Evaldo Cruz afastou-se da política e passou a editar, por conta própria, a revista Anuário de Campina Grande, um projeto voltado à preservação da memória local. Faleceu de forma repentina em 1985, aos 54 anos.
“Evaldo partiu cedo, mas nos deixou uma cidade mais consciente de si, mais bela e mais viva. Seu legado ainda respira nos teatros, praças e símbolos da nossa Campina”, concluiu Steinmüller.
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