Paraíba

Bispo Dom Dulcênio ressalta que “Eucaristia é memorial vivo da entrega de Cristo”

Da Redação*
Publicado em 19 de abril de 2025 às 7:18

dom dulcenio lava pes

Foto: João Paulo (Pascom/cg)

Continua depois da publicidade

Continue lendo

A celebração da Instituição da Eucaristia, com o rito do Lava-pés, marcou o início do Tríduo Pascal nesta Quinta-feira Santa na Catedral Diocesana de Campina Grande.

A Santa Missa foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Dulcênio Fontes de Matos, e concelebrada pelo vigário-geral e pároco da Catedral, padre Luciano Guedes. Diáconos, seminaristas e uma expressiva participação dos fiéis também estiveram presentes, lotando a igreja.

Durante a celebração, o rito do Lava-pés, conduzido pelo bispo, recordou o gesto de humildade e serviço de Jesus com os discípulos, simbolizando o mandamento do amor.

Após esses ritos, foi realizada a Transladação de Jesus Eucarístico para a Cripta da Catedral, onde se seguiu um momento de silêncio, oração e adoração, marcando o início da Vigília Eucarística.

O Tríduo Pascal segue com a celebração da Paixão do Senhor nesta Sexta-feira Santa (18), às 15h, também na Catedral.

Às 17h, haverá a tradicional Procissão do Senhor Morto, que percorrerá as ruas do centro da cidade.

As celebrações culminam na noite do Sábado Santo com a Solene Vigília Pascal, quando a Igreja celebra a Ressurreição de Cristo.

Em sua pregação, Dom Dulcênio ressaltou o profundo desejo de Jesus em partilhar a última ceia com os discípulos.

Esse ´ardente desejo´ revela o amor intenso do Senhor, como diz em Lucas, que antecipa sua entrega na cruz com um gesto de comunhão: a instituição da Eucaristia, sinal máximo da sua misericórdia.

O bispo destacou que São Lucas registra com sensibilidade esse ardor divino. Jesus deseja mais a nossa salvação do que nós mesmos. Ao nos dar a Eucaristia, Ele se faz alimento, força e presença constante, para que possamos viver sustentados por Seu amor e exemplo.

“O coração humano, embora deseje a salvação, não possui ardor maior do que aquele que brota do amor de Deus, que sempre nos supera com a Sua misericórdia. Esta ansiedade do Divino Coração, condensada nestes dias grandiosos, vem expressa principalmente pela Eucaristia, hoje instituída para que o homem, nutrido de Deus, viva a vida de Cristo, com a força do amor que brota da Cruz”, destacou.

dom dulcenio oleo

Foto: João Paulo (Pascom/cg)

Dom Dulcênio recordou ainda que a Eucaristia une o sacrifício de Cristo ao nosso, atualizando o mistério da cruz. Nela também se fundam o mandamento do amor, vivido no lava-pés, e o sacerdócio, que perpetua esse memorial em cada geração.

“Com a instituição do memorial dos Seus adoráveis Corpo e Sangue, Cristo quis cumular na Eucaristia todas as lições de Sua entrega redentora, incluindo a instituição de dois outros grandes sinais: o mandamento do amor, representado pelo lava-pés, tal como proclamamos no Evangelho: “[…] se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz” (Jo 13,14-15); e o ministério sacerdotal: “O que eu recebi do Senhor, foi isso que eu vos transmiti […] Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha” (1Cor 11,23.26)”, pregou.

Assim, o prelado ressaltou que a Eucaristia é, portanto, fogo do amor de Deus: ilumina, aquece e transforma. Celebrá-la é antecipar o céu e responder com gratidão a um amor eterno. Ela é memorial vivo da entrega de Cristo, que continua nos amando até o fim.

“A Eucaristia é o grande ardor do amor infinito de Jesus oferente. Este ardor que, como fogo, é luz que nos aponta a salvação; que aquece a tibieza de um coração gélido da falta de caridade para com Deus e para com o próximo; que deve forjar o nosso interior aos nobres sentimentos de Cristo Jesus. Que a nossa consciência em recebê-la faça que a experimentemos com alegria festiva que, rompendo a ideia de tempo, já nos insira no vislumbre eterno, porque, instituída hoje, a celebramos ´por todas as gerações, como instituição perpétua´ (Ex 12,14), como perpétuo é o amor do Coração de Deus por nós”, findou.

Com informações Pascom/cg

Leia também:

Dom Dulcênio alerta os padres sobre o risco do ´executivo do sagrado´

Valorize o jornalismo profissional e compartilhe informação de qualidade!

ParaibaOnline

© 2003 - 2025 - ParaibaOnline - Rainha Publicidade e Propaganda Ltda - Todos os direitos reservados.

Embalagens em papelão Notícias de João Pessoa Baterias para Carros e Motos em Campina Grande e João Pessoa Sindilojas Campina Grande