Paraíba

Dom Dulcênio alerta os padres sobre o risco do ´executivo do sagrado´

Da Redação*
Publicado em 17 de abril de 2025 às 17:44

Foto: Pascom/CG

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A Missa dos Santos Óleos, também chamada Missa do Crisma, é uma das celebrações mais importantes da Igreja Católica. 

Na Diocese de Campina Grande, a solenidade aconteceu na manhã desta quinta-feira, 17, na Catedral de Nossa Senhora da Conceição. 

Presidida por Dom Dulcênio Fontes de Matos, bispo diocesano, a cerimônia reuniu o clero em comunhão com seu pastor, além da participação de diáconos, religiosos, seminaristas e centenas de fieis leigos. 

Essa missa, que ocorre tradicionalmente durante a Semana Santa, expressa a comunhão da Igreja e fortalece a unidade entre o bispo e seus sacerdotes.

Durante a celebração, Dom Dulcênio abençoou os santos óleos — o do Crisma, o dos Catecúmenos e o dos Enfermos — que serão utilizados ao longo do ano nos sacramentos administrados nas paróquias. 

Outro momento marcante foi a renovação das promessas sacerdotais pelos padres, reafirmando seu compromisso com o ministério e com o serviço ao povo de Deus. 

Esse gesto expressa publicamente a fidelidade à vocação e à missão confiada por Cristo à Igreja.

Em sua homilia, Dom Dulcênio refletiu sobre o tema “O Sacerdote: homem de esperança”. 

Inspirado pelas leituras bíblicas, o bispo mostrou que a unção do Espírito é força e missão. Assim como Cristo foi enviado para anunciar libertação, o sacerdote é chamado a ser sinal da presença de Deus no mundo.

“Neste dia muito especial para toda a Igreja de Deus, mais especificamente a que está em Campina Grande, como é a Missa Crismal, em sintonia com o presente Ano Jubilar, desejo refletir sobre como o sacerdote é chamado a ser homem de esperança. Desta forma, tendo como base a nossa missão apresentada nesta Liturgia da Palavra, cujas leituras bíblicas acabamos de ouvir, observamos como Deus nos insere em realidades sempre muito especiais para que nelas sejamos sinais da virtude da esperança”, iniciou sua pregação.

O bispo alertou sobre os desafios do tempo atual: o ativismo, a falta de oração, o consumo excessivo e a busca por conforto podem esvaziar a missão sacerdotal. 

O risco de tornar-se apenas um ´executivo do sagrado´ ameaça a essência do chamado, que exige entrega, oração e comunhão com Deus e com o povo.

“No desafio que enfrenta, o sacerdote dos nossos tempos deve cuidar para não se tornar um ´executivo do sagrado´. Diante da ditadura do tempo, onde somos atarantados por tantos compromissos e cobranças, a vida acelerada leva-nos à sensação de que o que fazíamos antes, num determinado período, não dá para fazer agora. E, nisto, pomos desculpas, inclusive, para não rezarmos bem”, refletiu.

Dom Dulcênio também denunciou a perda do senso de comunidade. O individualismo e a indiferença enfraquecem os laços de fé. 

O sacerdote, porém, é chamado a ser sinal de comunhão, alguém que vive a liberdade interior dada por Deus e que testemunha, com a própria vida, a beleza de pertencer e servir, assinalou o bispo.

*informações e foto: pascom/cg

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