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Foto: Ascom/CMJP
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Na tarde desta segunda-feira (24), a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizou sessão especial para debater a necessidade de um estudo técnico aprofundado sobre a erosão costeira em João Pessoa. A solenidade reuniu representantes e estudiosos de órgãos ligados ao assunto e foi proposta pelo vereador Fábio Carneiro (SDD).
O parlamentar falou sobre as motivações que o fizeram realizar a sessão. “Nós temos observado, ao longo de décadas, que João Pessoa vem sofrendo com a erosão costeira. Já tivemos estudos e projetos, e hoje estamos verificando um grande agravamento desse problema, principalmente na praia da Penha, no Seixas, no Bessa. A população chega até a Câmara para cobrar algum posicionamento a respeito desse assunto”, afirmou.
Fábio Carneiro acrescentou ainda que João Pessoa vem perdendo em algumas localidades, como a ponta do Cabo Branco, toda a faixa de areia. “Ali já foram colocadas pedras para conter a erosão, mas a população de João Pessoa quer saber o que será feito nos próximos anos, para termos em definitivo uma solução para essa problemática. A cidade não pode esperar, por isso, convidamos todas as autoridades para realizar um debate sobre esse assunto. Paralelamente a isso, nós somos presidente da Frente Parlamentar de Urbanismo e nela teremos um grupo de trabalho para acompanhar e fiscalizar tudo o que está ocorrendo sobre esse tema da erosão costeira em nossa cidade”, pontuou.
Cláudio Dibas, coordenador geral do PREAMAR PB, disse que é preciso considerar tanto o meio físico como o meio socioeconômico e o biológico. “Nós temos que considerar também a biodiversidade e os ecossistemas costeiros. Por isso a necessidade de fazer esse diagnóstico de uma forma integrada e compreendendo todo o litoral da Paraíba”, destacou.
Rafaela Camaraense, secretária do Meio Ambiente e Sustentabilidade da Paraíba, falou sobre o painel científico que está instalado através de um TAC assinado com todos os municípios costeiros da Paraíba. “Através desse painel científico, nós temos estudado com todos os órgãos envolvidos as medidas necessárias a serem tomadas. Sabemos que precisamos fazer intervenções, mas queremos que elas sejam feitas de forma mais assertiva, baseadas em dados e pesquisas”, colocou.
“É chegada a hora de tratar esse assunto frontalmente. Esse tema não tem dono, ele é da sociedade. Os impactos da mudança climática estão aí. É preciso que o poder público aponte as alternativas, mas não demore muito”, falou o superintendente do Patrimônio da União, Geovane Giusepe.
O secretário de infraestrutura de João Pessoa, Rubens Falcão, afirmou que é preciso acelerar. “É necessário não deixar o mar avançar no que já existe, na calçadinha, na ciclovia, na iluminação pública, como também nos prédios existentes, pois muitos deles já não possuem nem estacionamentos. A cidade de João Pessoa se preparou para enfrentar esse problema”, declarou.
“Nessa demanda da erosão costeira é importante que seja colocado como superado o negacionismo. Não há espaços para discussão de que não há erosão costeira. Precisamos criar um grupo de trabalho, com acompanhamento da Câmara Municipal, para que os órgãos públicos e entidades também sejam acompanhados pela população. O espaço que estamos tendo hoje é propício para prestar contas para a população de João Pessoa do que vem sendo feito. Aproveitar a representatividade da Casa de Napoleão Laureano é importante para que tenhamos transparência e acompanhamento de todas as ações que estão sendo feitas, da necessidade do interesse público e não do interesse político de quem quer que seja”, concluiu Welison Silveira, secretário do Meio Ambiente de João Pessoa.
Participaram ainda da sessão especial Delano Tavares, secretário estadual de Turismo; Renan Guimarães, presidente do CREA-PB; o secretário de Serviços Urbanos e Zeladoria de João Pessoa, Rinaldo Maranhão; Eduardo Carneiro, deputado estadual, entre outros
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