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Foto: Codecom/CG
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A Secretaria de Saúde de Campina Grande convocou uma entrevista coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira, 12, para apresentar as medidas tomadas pela gestão e prestar esclarecimentos a respeito da denúncia de uma família de um caso de negligência médica no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA).
O secretário de Saúde, Carlos Dunga Júnior, apresentou detalhes sobre a sindicância que investiga o caso e sobre o afastamento dos profissionais da equipe técnica envolvida no atendimento.
O gestor explicitou que a sindicância é composta por dois auditores, um representante do ISEA, um representante jurídico, um do Conselho Municipal de Saúde e um do Conselho de Enfermagem da Paraíba. “Convocamos vários órgãos para participar da nossa sindicância e o prazo para conclusão da investigação é de 30 dias. Os profissionais foram afastados preliminarmente e terão direito à defesa no processo. Havendo culpados, eles serão punidos”, declarou.
A diretora da maternidade, Dra. Suelem Taís Clementino, esclareceu tecnicamente o caso. “Trata-se de uma rutura uterina, que é um caso de extrema gravidade, previsto na literatura médica. Por isso, a cirurgia foi feita imediatamente para salvar a vida da mãe, visto que nesses casos acontece uma ruptura de uma veia uterina, das mais importantes e que promove muito sangramento. É raríssimo a criança sobreviver nestes casos”, explicou.
O diretor administrativo do ISEA, Ítalo Cunha, explicou que a Comissão Interna do Óbito já atua na investigação desde o dia do fato. “O médico que realizou o pré-natal da paciente na iniciativa privada também era o médico de plantão do ISEA no dia do acontecimento, contudo, ele não estava como médico particular da paciente, mas como plantonista do serviço. No plantão, existiam mais outros três obstetras. Ele realizou atendimento à gestante e saiu do plantão após o cumprimento da sua carga horária. O procedimento foi realizado após a sua saída”, disse. Ele também comentou sobre o atendimento e especificou que foram afastados médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.
A médica Rayssa Gadelha, coordenadora da UPA Alto Branco, atualizou o quadro de saúde da mulher. “Ela está bem, realizou dois exames de tomografia e está internada no Hospital Municipal Pedro I, devendo passar por novas avaliações”, informou.
Também participaram da entrevista coletiva o coordenador jurídico da Secretaria Municipal de Saúde, Bertrand Filho; a diretora técnica do ISEA, Karolinne Figueiredo; e a secretária-adjunta de Saúde, Karina Lígia.
O ISEA é uma instituição com 74 anos de fundação, e é a referência em gestação de alto risco para 174 municípios paraibanos, inclusive para a iniciativa privada.
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