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Bares e restaurantes de Campina Grande alertam para alta de preços e dificuldades do setor

Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2025 às 8:28

Foto: ParaibaOnline

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*Vídeo: ParaibaOnline

O presidente do Sindicato dos Bares, Restaurantes e Similares, Divaildo Júnior, fez um alerta sobre os impactos da alta do dólar e da inflação nos custos do setor de alimentação. Em entrevista, ele destacou que o aumento dos preços de insumos essenciais tem pressionado os empresários, tornando cada vez mais difícil equilibrar as contas sem repassar os reajustes ao consumidor.

“Alta do dólar impacta diretamente o preço. Alguns produtos sofrem com a sazonalidade, e nós já identificamos quais são. Todos os anos acontece isso, e as empresas já têm uma salvaguarda em relação a esses produtos. O café, por exemplo, sofre com problemas externos; o óleo de soja sobe e desce; os laticínios, da mesma forma. Mas, hoje, quando você chega no supermercado, percebe que o dinheiro que você leva no bolso não compra mais o que comprava há dois, três meses. Com as empresas, acontece o mesmo. Quando negociamos com os fornecedores, sempre há um reajuste, seja no laticínio, nos embutidos, nas proteínas animais”, explicou.

Divaildo ressaltou que o setor tem enfrentado uma crescente dificuldade para absorver esses custos sem impactar os clientes, o que tem reduzido as margens de lucro.

“Simplesmente, nós não conseguimos repassar tudo. Mais uma vez, vamos diminuir a margem, sacrificando os resultados financeiros das nossas empresas. O empresário precisa do lucro, ninguém empreende apenas por empreender. Você investe esperando que a empresa remunere esse capital, cresça e gere mais empregos. Mas o Brasil está preso em uma espiral desde a pandemia, e não conseguimos sair disso. A cada três, quatro meses, surge uma nova crise que afeta todo o setor.”

Entre os insumos que mais pesam atualmente para bares e restaurantes, Divaildo citou o ovo e a carne bovina. Segundo ele, o preço do colchão mole, que no início do ano passado custava R$ 26,50 por quilo, agora chega às empresas por R$ 38,90.

“Os restaurantes não compram carne no supermercado, compram direto de fornecedores no modelo B2B, onde há um desconto no ICMS. Mesmo assim, o aumento é significativo e afeta diretamente nossos custos. A economia pode até mostrar crescimento em números, mas, na vida real, o que vemos são insumos cada vez mais caros, um mercado consumidor menor e com menos poder de compra.”

O setor de bares e restaurantes segue buscando alternativas para minimizar os impactos desses aumentos, mas a situação exige atenção e medidas que garantam a sustentabilidade dos negócios e a manutenção dos empregos gerados pela categoria.

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