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Foto: Ascom/TJPB
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Cada cabeça, um mundo. Imaginem quantos mundos existem neste planeta? Temos inúmeras culturas e crenças religiosas à nortearem o homem, contudo, muitos de nossos irmãos insistem em residir no fantástico e ilusório templo do materialismo, onde, viver bem pressupõe o vale tudo, onde o céu, ou mesmo o inferno, é o limite.
Pelo ter, atropelam sentimentos, amizade, gratidão, honestidade, sinceridade e dignidade.
Há uma intensa e sistemática propaganda relacionando a felicidade aos bens de consumo.
Viver bem, pelo conceito publicitário criado por uma grande parte da humanidade, é andar de carro importado, é viajar pelo mundo afora, é exibir joias, enfim ostentar um bom padrão de vida, independentemente do preço a ser pago.
Sob a égide desse conceito banalizado de felicidade, o homem vem perigosamente caminhando por uma estrada movediça, até parece que ele resolveu rasgar do seu dicionário a página que consta o significado do vocábulo “ser”, e lá só há o conceito do “ter”.
A verdade é que muitos se apresentam ao mundo vestidos com manto do materialismo, da arrogância e da incredulidade.
Diante de tantos desvarios, beligerantes e nefastos, esquecem de viver o “ser”.
A espiritualidade é cultivar Deus no seu íntimo, banhando o existir da verdadeira felicidade.
Existem alguns poucos que ainda vislumbram o ser e enxergam o ter não como uma condicionante exclusiva para se alcançar a felicidade. É uma equação baseada em sentimentos e conceitos profundamente fincados na paz e no amor.
O pior de tudo, é que no seio de tantos mundos estão os desamparados, vivendo em meio as dores da miséria material e muitas vezes espiritual, escravos de uma estrutura social brutalmente desumana.
Diante de tudo isso fica uma sensação de que o homem parece que enveredou por não querer mesmo seguir a natureza das coisas. Ele nasce, cresce, e deveria viver sob o alimento do amor, mas não, nem sempre é assim.
É necessário renovar a esperança por um tempo de maior consciência da sociedade, no sentido de que só mudando o próprio homem teremos uma equação viver bem, justa e equânime.
Que as incertezas de um mundo tão inseguro, deem lugar a um tempo com menos guerras e fome.
Devemos estender as mãos aos nossos irmãos e voltados ao Senhor Deus, baixarmos a crista da vaidade e da prepotência. Busquemos construir um tempo mais fraterno, onde, ao invés de carabinas e olhares abutres, possamos conduzir em nossas mãos e na retina de cada olho o branco das flores que vencem os canhões da insanidade do reino dos ímpios.
*escritor e desembargador
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