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Campina Grande é marcada por figuras emblemáticas, e Ronaldo Cunha Lima certamente se destaca entre elas. Em uma recente edição do quadro “Memórias” da Rede Ita, os historiadores Ana Steinmiller e Vanderley Brito desvendaram detalhes pouco conhecidos da trajetória política do poeta paraibano.
Segundo Vanderley Brito, a popularidade de Ronaldo Cunha Lima transcende gerações. Embora seja amplamente lembrado por seu mandato na década de 1980, quando idealizou o Parque do Povo, muitos desconhecem sua primeira experiência como prefeito, ainda muito jovem.
“Sua candidatura em 1968 foi um marco”, afirma o historiador. A disputa eleitoral de 1968, marcada pelo bipartidarismo e pelo regime militar, foi assinalada por uma reviravolta surpreendente.
A vitória de Ronaldo Cunha Lima, candidato do MDB, sobre o favorito Severino Cabral, da Arena, foi resultado de uma estratégia política audaciosa e de uma peculiaridade do sistema eleitoral da época. A decisão de Severino Cabral de vetar a candidatura de Vital do Rego à Arena acabou por fortalecer o MDB, garantindo a vitória de Ronaldo Cunha Lima. No entanto, a alegria da vitória foi curta. Após apenas 42 dias de mandato, o poeta foi cassado pelo regime militar e exilado.
Apesar dos obstáculos, Ronaldo Cunha Lima retornou à política nos anos 1980 e foi eleito prefeito com uma expressiva votação, consolidando sua posição como um dos políticos mais queridos da história de Campina Grande. Sua trajetória, marcada por paixão pela política, talento poético e um carisma inegável, continua a inspirar gerações.
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