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Gelada: tradição e sabor que encantam a Feira Central de Campina Grande

Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2024 às 15:45

Foto: ParaibaOnline

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A Feira Central de Campina Grande é um verdadeiro patrimônio cultural e gastronômico da cidade, e entre suas diversas delícias, uma bebida se destaca: a gelada da feira.

Conhecida popularmente como “gelada de coco”, essa bebida refrescante é uma tradição que conquista os visitantes e moradores locais há décadas.

O repórter Gabriel Diniz foi até o coração da feira para conversar com os feirantes que mantêm viva essa prática e reúne seus segredos e histórias sobre a gelada.

Arnaldo Amorim, que há 30 anos comercializa a gelada, revelou a diversidade de sabores que os clientes podem encontrar.

“Temos de graviola, acerola, maracujá, coco, goiaba, caju, todo o sabor. São muitos sabores. Vendo a 2,00 reais. O modo de fazer é simples, passa no liquidificador, espreme em um pano, como faz um suco em casa. Aí tem os ingredientes que deixam mais saborosos”, explicou. Segundo Arnaldo, apesar de a receita ser simples, é uma combinação especial de ingredientes que torna a gelada única.

David Venâncio, que herdou o ponto do pai e começou a vender a gelada em 1991, destacou a popularidade do sabor tradicional.

“A gente tem coco, goiaba, maracujá, caju. Apesar de que o pessoal gosta de mistura coco com goiaba, coco com maracujá. Faz aquela salada aí, mistura, coco com maracujá, coco com goiaba. Faz essa salada aí, fica bom. O mais vendido é o coco. É um coco de tradição já. O pessoal tenta, mas não consegue. Ele também ofereceu a combinação com bolos típicos, como mandioca, leite e pé de moleque, uma verdadeira iguaria para os apreciadores. “Tem de R$3,00, o copo, e tem o menor de R$2,50”, afirmou.

A origem do nome “gelada” remonta aos tempos em que não havia freezers nas barracas. David explicou: “Essa gelada, tem esse nome porque antigamente não tinha freezer. Você lembra que no seu balcão tinha o buraco no meio que encontrou um núcleo embaixo? A pessoa comprava gelo em umas barras de gelo, que vinha num pó de madeira, aí lavava, aí colocava dentro, e tal. Mas hoje, com a modernidade, ninguém usa mais isso aí.”

Evaristo Silva, que há 42 anos faz parte desse cenário, falou com entusiasmo sobre os sabores que continuam a agradar o público.

“Agora é setembro, completou 42 anos que vende gelada. O modo de preparo é o mesmo de sempre. Hoje eu estou vendendo o maracujá, caju, cajá e acerola. Sempre vende”, comentou Evaristo, que destaca o preço acessível da bebida: “Estou vendendo a R$2,00, o copo que eu mesmo faço aqui”.

José Taveira da Silva, outro feirante tradicional, confirmou a preferência dos clientes pela gelada de caju e coco.

“Agora só tem o caju. Sempre uso caju e coco. É isso aqui dentro da feira. É o que dá mesmo. Gelada de coco, maracujá, de caju. Depende da safra. Como hoje o caju é barato, tem caju. Quando fica mais caro, passa para outro e assim vai levando”, relatou.

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