Paraíba

Memórias: Colégio Estadual da Prata – uma história de tradição e ensino

Da Redação*
Publicado em 18 de novembro de 2024 às 13:00

Foto: ParaibaOnline

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Nesta segunda-feira (18), o quadro “Memórias”, da Rede Ita, repercutido pela Rádio Caturité, trouxe à tona a rica história do Colégio Estadual da Prata, um marco na educação de Campina Grande. Para falar sobre o legado dessa instituição, os historiadores Vanderley Brito e Ida Steinmuller, ambos ex-alunos do “Gigantão”, compartilham suas memórias e análises sobre a trajetória da escola que, até hoje, é lembrada como uma das maiores referências educacionais da cidade.

A fundação do colégio e a necessidade de um ensino público de qualidade
Vanderley Brito destacou a escassez de colégios públicos de ensino secundário na cidade até a década de 1950. Steinmuller complementou, lembrando que no estado da Paraíba, existia apenas um colégio público de ensino secundário, o Liceu Paraibano, em João Pessoa.

A construção do “Gigantão”
Com o crescimento populacional de Campina Grande, que no final dos anos 40 superava a de João Pessoa, a cidade exigia um novo colégio estadual. O projeto é do arquiteto Hugo de Azevedo Marques, ocupando um terreno de quase 20 mil metros quadrados, no bairro da Prata, doado por Raimundo Viana. A escola foi construída com uma infraestrutura impressionante para a época.

A grandiosidade e os desafios de estudar no “Gigantão”
Nos primeiros anos, o Colégio Estadual da Prata se tornou um símbolo de prestígio, mas também de desafios. Vanderley falou sobre o rigor para ingressar na escola: “Estudar na Prata era um privilégio. Só entrava ali com um exame de admissão, que era uma espécie de vestibular. As reprovações eram muitas, e o aluno aprovado ainda tinha que apresentar um atestado médico, comprovando que não tinha doenças infectocontagiosas, além de um comprovante de vacina contra varíola e tifo.”

Nomes importantes da história
Muitos nomes de destaque de Campina Grande e da Paraíba passaram pelos corredores do “Gigantão”. “Nomes como Ronaldo Cunha Lima, Agnello Amorim, Elizabeth Marinheiro, Juarez Farias, Humberto de Campos, José Nêumanne Pinto, Hermano José, Luíza Erundina, Capilé e Elba Ramalho estudaram lá.

A transformação e o legado
Embora o Colégio Estadual da Prata tenha passado por mudanças ao longo do tempo, mantendo seu status de excelência educacional, ele ainda é lembrado como um símbolo da educação em Campina Grande. “Até hoje, o Colégio Estadual da Prata é uma das maiores escolas de ensino público do Estado, já tendo tido até 4 mil alunos matriculados em seus tempos áureos”, concluiu Vanderley.

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