Paraíba

Alerta para proliferação de caramujos africanos em Campina Grande

Da Redação com Codecom/CG
Publicado em 25 de junho de 2024 às 11:53

caramujo africano

Foto: Codecom/CG

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A Vigilância Ambiental de Campina Grande está intensificando as orientações à população diante da proliferação do chamado caramujo-gigante-africano, cujo nome científico é Achatina Fulica. O molusco pode destruir hortas e jardins, contaminar alimentos, favorecer a transmissão de algumas doenças e servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti.

O caramujo africano é considerado uma espécie invasora do ecossistema brasileiro e tende a se reproduzir em maior escala no período de chuvas. O molusco se disseminou em 23 dos 26 estados brasileiros. Cada exemplar pode realizar de 2 a 5 posturas no ano, variando de 50 a 400 ovos por postura.

“Seus ovos ficam semienterrados e as conchas do corpo podem servir de criadouros para o mosquito Aedes aegypti”, alertou o gerente da Vigilância Ambiental, o biólogo especialista em gestão ambiental, Hércules Lafite.

O caramujo-gigante-africano também pode ajudar a transmitir duas zoonoses (doenças aos seres humanos): uma delas é chamada de meningite eosinofílica, causada por um verme [Angiostrongylus cantonensis], que passa pelo sistema nervoso central, antes de se alojar nos pulmões.

A outra é a angiostrongilíase abdominal, causada pelo parasita [Angiostrongylus costaricensis]. O caramujo pode servir de hospedeiro para o parasita. Muitas vezes é uma doença assintomática, mas em alguns casos pode levar ao óbito, por perfuração intestinal e peritonite.

De acordo com a Nota Técnica nº 30/2022-CGZV/DEIDT/SVS/MS, a recomendação é que seja feita uma coleta contínua, seguida da eliminação e do descarte. Esse processo pode ser realizado por qualquer pessoa.

Para isto, é necessário proteger as mãos com luvas ou sacolas plásticas; recolher os caramujos, ovos ou conchas; depositá-los em um balde com solução de cloro (três partes iguais de água para uma de cloro) e deixá-los de molho por 24 horas; em seguida, esmagar tudo com um martelo; envolver em sacos bem fechados e descartá-los em lixo comum.

É importante ainda lavar bem todos os vegetais folhosos para consumo e não deixar as crianças brincarem com os caramujos.

 

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