Paraíba

Campina Grande reúne mulheres negras para lançamento da Marcha Nacional 2025

Da Redação com Ascom
Publicado em 23 de abril de 2024 às 16:33

Marcha das mulheres negras contra o racismo

Foto: Ascom/Instituto Odara

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Dando continuidade às atividades de lançamento da II Marcha das Mulheres Negras, que ocorrerá em 2025 em Brasília, Campina Grande reúne nesta quinta-feira, 25, mulheres negras de diversos grupos, movimentos e coletivas do Estado, no Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), a partir das 17h. Na programação estão previstas apresentações culturais, cortejo das Mulheres de Axé e discursos das participantes.

O lançamento nacional aconteceu oficialmente no dia 21 de março, em diversas cidades do Brasil, com a meta de construir um movimento ainda mais forte que o primeiro, realizado em 2015 também na capital do país, projetando colocar desta vez, um milhão de mulheres nas ruas, marchando por reparação e pelo bem viver.

A abertura do evento será feita com o cortejo das Mulheres de Axé. Em seguida, ativistas que estiveram na primeira marcha irão compartilhar a vivência e as expectativas para a nova edição. Entre as manifestações artísticas estão previstas apresentações musicais, de dança e poesia, com batalha de Slam. ⁠Estes momentos serão intercalados com falas políticas, apontando as bandeiras de luta encampadas pelas mulheres negras, contra o racismo e a discriminação de qualquer natureza.

Sobre a Marcha – Idealizada por Nilma Bentes, engenheira agrônoma do Pará, escritora e ativista pelos direitos das mulheres negras, a primeira Marcha Nacional das Mulheres Negras ocorreu em 2015, em Brasília, reunindo cerca de 100 mil mulheres, deixando como grande legado, a Carta das Mulheres Negras, documento entregue à presidência da república e à sociedade brasileira, destacando os dados de desigualdade e apresentando propostas para a construção de um novo pacto civilizatório.

Apesar do impacto inegável, 10 anos se passaram e os indicadores de desigualdade e violência permanecem brutais. Portanto, considerando a importância desse marco para o Movimento de Mulheres Negras do Brasil e reforçando que esta é uma agenda de longo prazo, que demanda compromisso permanente, a Articulação de Organizações de Mulheres Negras (AMNB); a Rede de Mulheres Negras do NE e a Rede Fulanas – Negras da Amazônia; além de várias outras organizações e articulações de mulheres negras e quilombolas, entendem que é necessário marcar os 10 anos da marcha, com a realização da II Marcha, reafirmando a projeção de colocar um milhão de mulheres negras nas ruas de Brasília em 2025.

Em Campina Grande, entre os(as) envolvidas neste processo de construção coletiva estão o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da Universidade Estadual da Paraíba (Neabi-UEPB); o Maracatu ⁠Baque Mulher; o Batuque Nagô; a ⁠Associação das Trabalhadoras Domésticas de Campina Grande; o ⁠Gabinete da Vereadora Jô Oliveira; a Juventude do PCdoB; a ⁠Rede Sustentabilidade (REDE); a Comissão de Combate ao Racismo da Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção Campina Grande (OAB-CG); o Movimento de Mulheres Olga Benário; a Associação de Juventudes, Cultura e Cidadania (AJURCC); a iniciativa social Enegrecida; o projeto Paraíba Feminina; a União Brasileiras de Mulheres (UBM); o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Campina Grande (DCE-UFCG); o ⁠Levante Popular da Juventude; a Comissão Pastoral da Terra-CG; Terreiro Ilê Axé Ojú Ofá Dana-Dana; Terreiro Izo Leão dos Ventos – Candomblé Angola e Alaketu e culto à Jurema Sagrada e Ilê Terreiro Axé Senhor do Bonfim Oya Agand.

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