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A Prefeitura de Campina Grande, por meio da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (Sesuma), realizou na manhã desta quinta-feira, 28, o transplante de algumas árvores, do tipo algaroba, do Parque do Povo, da área que está sendo demolida para o Parque Evaldo Cruz (Açude Novo) que está sendo requalificado.
Semana passada algumas palmeiras que estavam na mesma área foram levadas para o Parque Linear Dinamérica, que em breve terá sua etapa concluída para inauguração.
Esta atividade já é rotineira em Campina Grande, onde centenas de árvores já foram transplantadas para Parques e Praças, com os da Criança, Liberdade, Tambor e Dinamérica, principalmente retiradas de áreas de mobilidade urbana e construção civil.
O trabalho foi acompanhado pelos secretários Geraldo Nobre Cavalcanti (Sesuma), Joab Machado (Secob) e técnicos da Coordenadoria do Meio Ambiente.
A orientação do prefeito Bruno Cunha Lima é que nenhuma árvore seja sacrificada com exceção das que não têm mais vida útil ou espécie inadequada para área urbana, tipo algarobas.
“Com a população urbana crescendo nos grandes centros, e isso não é diferente em Campina Grande, surge a necessidade de mudanças de cenário e, consequentemente, aumento de ações de urbanização. Para isso, é preciso reestruturar as regiões e tirar plantas e árvores que darão lugar a imensas construções, rodovias, ruas e avenidas. A esse replantio de árvores adultas dá-se o nome de transplante de árvores”, explicou Geraldo Nobre.
A coordenadora do Meio Ambiente, Lilian Ribeiro, disse que o transplante de árvores é importante porque a urbanização feita de forma pouco planejada resulta na perda exponencial de áreas verdes.
Quanto mais urbanizada é a cidade, maior tende a ser essa perda, o que acaba ampliando os problemas ambientais locais e regionais.
E é justamente para combater esse problema que algumas companhias, organizações e pessoas veem no transplante de árvores uma alternativa sustentável e que diminui os impactos ambientais de novos empreendimentos.
Segundo Lilian, “a técnica de transplante de árvores permite remover árvores de um terreno – geralmente uma área onde um empreendimento será construído – e replantá-las em outro local, evitando o corte do tronco e garantindo uma maior longevidade”, explicou.
O processo, apesar de parecer simples, exige muitos cuidados, já que a árvore pode ser danificada e até morrer em um procedimento mal feito.
“O replantio de árvores (como também é conhecida a técnica de transplante de árvores) é realizado para que empresas estejam dentro de acordo com as leis ambientais existentes, diminuindo, dessa forma, o impacto ambiental desses novos empreendimentos. Isso porque muitas dessas leis obrigam o responsável pelo processo a plantar novas mudas de árvores, caso a árvore morra”, afirmou a coordenadora.
ORIENTAÇÕES TÉCNICAS
Confira como fazer o transplante de árvores corretamente, sempre procurando orientação técnica, e em Campina Grande especialistas da Coordenadoria do Meio Ambiente estão prontos pra colaborar. Seguem as principais orientações:
Para evitar erros e problemas no transplante de árvores, é preciso planejar tudo com meses de antecedência. Isso porque é preciso dar tempo para que as novas raízes da árvore transplantada tenham tempo de crescer, facilitando a adaptação da planta ao novo habitat.
Primeiramente, é necessário tempo para realizar um transplante de árvore com sucesso. Isso porque as raízes das árvores necessitam de alguns meses para que cresçam o suficiente e suportem tamanho estresse.
Para isso, deve-se cavar um círculo ao redor da árvore, com cerca de seis vezes o diâmetro do tronco e com cavidade média de 60 cm de profundidade, já que as raízes principais estão mais próximas à superfície.
O serrote de poda é um instrumento específico para o procedimento de transplante de árvores. Com o círculo já escavado e as raízes serradas, joga-se terra úmida e adubo na valeta. Depois, rega-se o local com frequência, dia sim, dia não.
Isso fará com que as raízes cresçam o suficiente para que o risco do transplante diminua drasticamente e a planta consiga sobreviver ao procedimento.
Caso os dois primeiros passos sejam executados de forma correta, após aproximadamente seis meses, as novas raízes começam a brotar. Isso será o indício de que a árvore está pronta para o transplante.
Deve-se embalar o torrão (como é conhecido o bloco de terra e raízes) em um saco de juta antes da mudança. Por ser biodegradável, o saco não precisa ser retirado na hora da recolocação da muda, facilitando o replantio.
Se o trajeto para o novo local for longo, utilize um caminhão especial como meio de transporte. Portanto, será necessário o auxílio de um guindaste com cabos de aço presos ao tronco para içar a árvore. O novo local deve ter o solo fofo, adubado e irrigado.
Plante a árvore na mesma posição em que a retirou. Isso facilita sua adaptação ao ambiente. Coloque escoras de madeira para que ela resista aos ventos, afinal as raízes ainda não estão totalmente integradas ao solo.
Essa estrutura de apoio deve permanecer até que a árvore se adapte, ganhe força e se sustente sozinha. Isso pode demorar, em média, um ano.
Esse cuidado para o transplante deve ser tomado porque existem leis que obrigam o responsável pelo processo a plantar novas mudas de árvores, caso a árvore morra. Pode-se transplantar até mesmo árvores frutíferas.
O transplante de árvores não é um procedimento simples. Justamente por isso, contratar uma empresa especializada para diminuir os riscos de falhas é o mais recomendável.
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