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O clima na Record é de apreensão e certa curiosidade para a estreia do Domingo Record, novo programa de Rachel Sheherazade, que começa neste domingo (25), na emissora de Edir Macedo.
O motivo: há um mal-estar nos bastidores por causa do comportamento de Sheherazade após a morte de Silvio Santos, aos 93 anos, na semana passada. Rachel não se pronunciou oficialmente sobre a partida do apresentador.
No entanto, a âncora fez uma série de indiretas postadas em sua rede social, que foram diretamente relacionadas a Silvio Santos. Em uma delas, dizia ter orgulho de “não seguir a manada” e de “fazer seu próprio caminho”.
Alguns executivos da Record ficaram incomodados e não viram com bons olhos essas postagens. Todos eles entenderam o silêncio da apresentadora por causa de seus problemas judiciais com Silvio, mas acharam que Rachel atraiu para si uma polêmica desnecessária antes de sua estreia.
Além disso, o apresentador sempre teve boa relação com a Record e com Edir Macedo, dono da emissora e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, o que foi ressaltado em nota oficial da empresa para lamentar a partida de Silvio.
Nos comentários em posts das redes sociais da Record que divulgam a estreia da atração, quase todos são negativos em relação ao comportamento de Rachel, acusando-a de ingratidão, já que foi Silvio Santos quem deu sua primeira chance em rede nacional, em 2011.
A Record teme que a polêmica crie rejeição a Sheherazade e atrapalhe a audiência do programa em suas primeiras semanas.
Rachel Sheherazade processou o SBT em março de 2021. A jornalista pediu o reconhecimento de vínculo trabalhista entre 2011 a 2020, exigindo uma indenização de R$ 20 milhões. Ela venceu o caso nas duas primeiras instâncias.
Rachel também queria o reconhecimento de que Silvio Santos foi misógino durante entrega do Troféu Imprensa em 2017, ao dizer que a sua contratação se deu por sua beleza e voz, “apenas para ler notícias, e não dar a sua opinião”.
Durante essa tramitação, o SBT foi ao STF para impedir uma condenação e obteve sucesso, derrotando a jornalista na Justiça.
Segundo a decisão do Supremo, há testemunhas de que não havia subordinação entre a apresentadora e a empresa. Além disso, o STF entendeu serem constitucionais outras formas de contrato, como a terceirização. Na última terça (20), o ministro Alexandre de Moraes arquivou definitivamente o caso.
O Domingo Record com Rachel Sheherazade vai ao ar das 12h30 às 14h. A nova atração vai apostar em jornalismo também. Em pesquisas, a Record identificou que existia uma demanda reprimida do público para notícias, especialmente na hora do almoço.
*GABRIEL VAQUER/folhapress
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