Esportes

Zagueiro tenta redenção por primeiro título como titular do Flamengo

Da Redação*
Publicado em 9 de novembro de 2024 às 12:58

Leo Ortiz zagueiro do Flamengo 2024

Foto: Marcelo Cortes /CRF

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Léo Ortiz é um dos destaques do Flamengo após a chegada de Filipe Luís. Mas um erro no primeiro jogo da final da Copa do Brasil contra o Atlético-MG manchou uma atuação perfeita até aquele momento. Neste domingo (10), às 16h, na Arena MRV, o zagueiro tenta se redimir.

ORTIZ E FLAMENGO

Léo Ortiz completa neste domingo 300 jogos como atleta profissional. Além do Flamengo, ele teve passagens por Internacional, Sport e Red Bull Bragantino, onde de fato ganhou projeção.

Na carreira, Léo tem o Carioca 2024 no Flamengo, a Série B 2019 e o Paulista do Interior 2019 e 2020 pelo Bragantino e a Recopa Gaúcha no Inter em 2017.

No Dia das Crianças, ele surpreendeu a torcida rubro-negra com uma foto vestindo a camisa do Flamengo. A imagem já estava guardada há algum tempo. Ele pensou em publicar na chegada, mas quis usar depois em uma data especial.

Léo não era Flamengo, mas tinha simpatia pelo clube. No aniversário de quatro anos, o tema era futebol. Todos deveriam usar uma camisa de time e o ainda jovem escolheu as cores do Fla. Dali nasceu o sonho que foi concretizado agora depois de uma novela. Quem achou a foto foi o pai, Ortiz, um craque do futsal dos anos 1990.

Ele faz aniversário no início de janeiro e normalmente era o momento que eu estava de férias. Sempre comemorávamos na praia. Todo mundo da minha família e da minha esposa sempre foi da bola. Torce para o Inter, para o Grêmio e tal. E traziam camisas, camisas da Europa. Aquele dia ele me pediu pra estar com a camisa do Flamengo. Foi muito legal. Aquela foto ficou. Passei para a minha filha. Deu muita coincidência, de acabar vindo. O futebol é isso. Brincar e se divertir o tempo todo. Ortiz, ao UOL

REDENÇÃO?

Léo ficou marcado pelo lance dos 35 minutos do segundo tempo. O Flamengo construía a vantagem confortável em casa quando ele se atrapalhou com a bola e acabou entregando nos pés de Alan Kardec, que deu um suspiro de confiança ao Galo.

Titular absoluto de Filipe Luís, Ortiz vai começar novamente neste domingo. Agora, espera repetir as boas atuações que vinha tendo para levantar a taça logo na primeira final jogando pelo Flamengo. No início do ano, quando a equipe faturou o Carioca, ele havia acabado de chegar e nem entrou em campo.

Não surpreende o bom momento porque ele já vinha bem. Foram cinco anos de Red Bull Bragantino, foi melhor zagueiro paulista dois anos seguidos, parte da seleção de vários campeonatos, Bola de Prata. Ele merecia estar em um clube como o Flamengo, que realmente decide o título todo ano. Ele correspondeu às expectativas, principalmente das outras pessoas. Gostaríamos muito que ele estivesse aqui. Flamengo não é um time, é uma seleção. Ortiz

CONSELHOS DE PAI PARA FILHO

Hoje consolidado como zagueiro, Léo Ortiz começou a ter espaço no Flamengo como volante. Independentemente do setor, o consenso é que se comporta como um “camisa 10” no setor defensivo da equipe.

Da minha parte não teve nenhum tipo de trabalho. Ele jogou muito tempo futsal e isso deu as características que ele vem apresentando. Antecipação, leitura de jogo. Sempre deixei ele muito à vontade porque trabalhei também nas categorias de base do futebol do Inter e vejo a pressão que os pais exercem sobre os filhos, principalmente quem foi ex-jogador. Eu e minha esposa somos formados em educação física e sempre deixamos ele se divertir.

Escolher o time que quer torcer, onde quer jogar, qual esporte.

As conversas com dicas e conselhos sobre o jogo ficaram menos frequentes com o amadurecimento do filho. Ortiz diz entender que há uma diferença entre ver o jogo no sofá ou na arquibancada e o que o jogador sente no campo.

“Hoje a troca é mais no sentido de saber o que ele pensou. Não adianta falar ‘fulano estava sozinho’, ele diz que lá dentro enxergou de outra forma, estava pressionado por alguém que às vezes a TV não pega. Tem a iniciativa dele, enxerga coisas que eu mesmo penso ‘como fez esse passe?’. Falamos de várias coisas. Procuramos nos divertir, ver futebol, basquete, futebol americano. Todo pré-jogo mando algo no grupo, mas no sentido de ter foco, que estamos na torcida. Flamengo tem um estafe grande que passa informações, não vai ser o pai que falará coisas diferentes. Ele estuda muito”, afirma Ortiz.

* IGOR SIQUEIRA E LUIZA SÁ (UOL/FOLHAPRESS)

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