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Foto: Ascom/Fluminense
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Um “não” à filha Carol Portaluppi fez Renato Gaúcho ser xingado, mas foi o que virou a chave e ajudou e muito o Fluminense na classificação sobre a Inter de Milão no Mundial de Clubes.
DO JANTAR RECUSADO À VAGA
Carol foi ao hotel do Fluminense após o empate com o Mamelodi Sundowns, na última quarta-feira. O objetivo? Convencer o pai a sair para jantar. A missão falhou: Renato Gaúcho disse não e ouviu xingamentos da própria filha.
Enquanto isso… Os jogadores do Fluminense foram liberados para aproveitarem o resto do dia com os familiares. Apenas Renato Gaúcho ficou no hotel com um objetivo claro: estudar o possível adversário das oitavas de final Inter de Milão, River Plate e Monterrey estavam na briga.
Renato assistiu à vitória da Inter de Milão sobre o River Plate na TV. Com o triunfo, os italianos passaram em primeiro no grupo E e entraram na rota do Fluminense, segundo da chave F.
Vendo na televisão, o treinador decidiu: precisava mudar o esquema tático do Flu. Diante de uma Inter que atua com três zagueiros, a ideia seria espelhar o esquema e aumentar a estatura e a força física do time visando igualar as condições.
“No último jogo [contra o Mamelodi], conseguimos a classificação, os jogadores saíram com os familiares, minha filha [Carol Portaluppi] passou no hotel para jantarmos juntos fora e eu falei que não. Ela me xingou, mas eu falei que veria o jogo do nosso futuro adversário. Estudei bem, pensei bastante durante a noite e na minha cabeça o melhor era ir com três zagueiros para espelhar o time deles, com jogadores altos, fortes, aumentando a estatura e o físico”, disse Renato Gaúcho em entrevista coletiva após a vitória contra a Inter.
A ideia foi levada ao elenco na manhã seguinte. A equipe deixou o 4-3-3 para jogar em um 5-3-2, igual a Inter de Milão. Os jogadores receberam com surpresa a decisão.
“Para nós também foi uma surpresa, mas ele é o treinador. Nós compramos a ideia, nos dedicamos, transpiramos, sabíamos que seria um jogo difícil e mostramos que deu certo […] Eu não assisti ao jogo [da Inter] com o Renato, mas ele sempre bate essa tecla, mostra o que pode e o que não se pode fazer. Ele colocou um esquema diferente e deu certo”, falou Everaldo na zona mista.
A aplicação no jogo saiu com perfeição. O Fluminense quase não sofreu pelo alto, se impôs durante o primeiro tempo e soube se defender quando pressionado no fim. No ataque, foi fatal.
“Fomos um pouco surpreendidos. A gente sabia da dificuldade do jogo, mas foi muito mérito do Fluminense, que soube sofrer e aproveitar as oportunidades”, disse Luis Henrique, na zona mista.
O sucesso na ideia fez Renato Gaúcho extravasar o seu lado personagem na coletiva. Ele aproveitou para rebater as críticas sobre “não saber muito sobre táticas”.
“Eu sou pago para pensar, e quando armo um esquema, eu sei o que estou fazendo. Falam que o Renato é isso ou aquilo, que não estuda futebol, não entende muito de parte tática, mas o que eu mais entendo é isso.”
* FLAVIO LATIF E RENAN LISKAI (UOL/FOLHAPRESS)
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