Esportes

Presidente do Treze alerta para crise financeira e defende transformação em SAF

Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2025 às 11:27

artur bolinha

Foto: ParaibaOnline

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*Vídeo: ParaibaOnline

O empresário Artur Bolinha, presidente do Treze Futebol Clube, concedeu entrevista ao Jornal da Manhã, da Rádio Caturité FM, nesta quarta-feira (8), e fez um balanço da sua gestão à frente do clube.

Na conversa, Bolinha revelou o desejo de deixar o cargo, comentou as dificuldades enfrentadas e defendeu com firmeza a necessidade de o Treze se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).

“Ser presidente de um clube como o Treze exige muito sacrifício, porque é um trabalho voluntário. Você deixa seus afazeres para cuidar do que não é seu, em nome de um sentimento. Muitas vezes, há até desembolso financeiro expressivo, porque os clubes daqui são muito necessitados”, afirmou Bolinha.

Segundo o dirigente, o desgaste pessoal e as dificuldades financeiras o levaram a sinalizar sua saída ainda durante a disputa da Série D. “Quando chega nesse estágio, a melhor coisa do mundo é sair. Não tem por que permanecer”, desabafou.

Artur Bolinha explicou que, após o fim da Série D, permaneceu no cargo para tentar concluir o processo de Recuperação Judicial (RJ) do clube. No entanto, o plano apresentado não foi aceito pelos credores, que propuseram uma contraproposta “fora da realidade financeira do Treze”.

O dirigente relatou que busca uma mediação judicial para evitar a decretação de falência. Em relação ao futuro do clube, Bolinha foi enfático:

“É insustentável o modelo associativo para clubes como o Treze e o Campinense. As despesas aumentam, especialmente com folha de pagamento, enquanto as receitas não acompanham. O modelo SAF é inevitável.”

O presidente também destacou que a SAF traria estabilidade administrativa e capacidade de investimento, elementos essenciais para garantir um futuro sustentável.

“Quem vem como investidor não vem como torcedor, vem como empresário. Ele precisa de previsibilidade e retorno. Sem isso, o clube não sobrevive”, pontuou.

Bolinha ainda comentou a decisão da CBF de ampliar o número de clubes na Série D do Campeonato Brasileiro, considerando a medida positiva para o futebol nordestino.

“Essa ampliação foi muito importante, porque havia muitos clubes com tradição ficando de fora. Mas é preciso também que a CBF permita novas formas de geração de receita, especialmente com transmissões”, observou.

O dirigente encerrou dizendo que a prioridade agora é garantir a continuidade do Treze com responsabilidade e transparência.

“Espero que o próximo presidente dê sequência ao trabalho, mas o essencial é que o clube se modernize. O Treze precisa se reinventar para não desaparecer”, concluiu.

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