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Foto: Rafael Ribeiro/CBF
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Os amistosos contra Senegal e Tunísia, em Londres e Lille (França), serão os últimos da seleção brasileira neste ano, e também a penúltima Data Fifa antes da convocação final para a Copa. Até a bola rolar para o Mundial, haverá apenas mais uma chance de testes, em março, já nos Estados Unidos.
Com pouco tempo para corrigir as deficiências do time e dar uma cara à sua seleção, Carlo Ancelotti deve usar os jogos para fazer testes, consolidar ideias e escolher seus favoritos para posições importantes, sobretudo na defesa.
Mas quais serão os pontos principais das duas partidas diante de seleções africanas?
AMADURECIMENTO DE UM SISTEMA TÁTICO
A goleada por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul virou o maior exemplo de boa partida da seleção sob o comando de Carlo Ancelotti. Naquele duelo, o treinador foi a campo com um sistema tático 4-2-4, com apenas dois jogadores no meio-campo (Bruno Guimarães e Casemiro) e quatro na linha ofensiva.
Diante do Japão, já de volta a um 4-3-3, com a entrada de Lucas Paquetá no meio, o time não rendeu tão bem. Os duelos contra os africanos devem dar pistas importantes sobre a tática a ser usada pelo treinador.
É possível que, assim como nos confrontos na Ásia, Ancelotti teste as duas versões do time. Os resultados e o comportamento do time devem ditar qual o caminho a seguir, já que há cada vez menos tempo para testes.
Vale ressaltar que a seleção está desfalcada de Raphinha, um dos principais jogadores do ciclo, e que seria titular tanto no 4-2-4 quanto no 4-3-3.
ALEX SANDRO DE VOLTA
A lateral-esquerda da seleção brasileira parece ter uma vaga cativa para a Copa do Mundo: Douglas Santos, do Zenit, agarrou a oportunidade e agradou a comissão técnica.
Mas ele está machucado e, na convocação para os duelos na Europa, Ancelotti chamou três nomes para a posição: Alex Sandro, Caio Henrique e Luciano Juba. Favorito para ser o titular, o experiente Alex Sandro merece uma observação especial.
Mais forte defensivamente, ele poderia ser um contraponto tático aos laterais direitos chamados por Ancelotti, já que Paulo Henrique e Wesley são mais ofensivos o lateral da Roma tem jogado no clube como ala, mas pela esquerda.
Observar como fica a dinâmica do time com a entrada do lateral do Flamengo é um dos pontos importantes dos confrontos para Carlo Ancelotti.
NOVATOS EM TESTE
A convocação de Ancelotti teve novidades com relação às listas anteriores. Os três maiores exemplos são Luciano Juba, do Bahia, chamado pela primeira vez; Vitor Roque, do Palmeiras, que volta após quase três anos; e Fabinho, que não era chamado desde a Copa do Mundo de 2022.
Com “17 ou 18 jogadores” já confirmados em uma lista ideal para a Copa, Ancelotti tem pouca margem para testes. Sendo assim, qual será o papel desses “novatos” no time?
Será que eles terão mesmo a oportunidade de jogar e tentar conquistar o treinador? Ou apenas os treinos bastam para tentar ganhar o espaço na reta final rumo à Copa? As respostas começam a ser dadas nesta segunda-feira, em Londres.
FABINHO COMO OPÇÃO
O volante do Al-Ittihad merece um ponto à parte. Depois de ser esquecido no pós-Copa de 2022, ele volta à lista de convocados com um rótulo bem definido: o reserva de Casemiro.
A lacuna deixada por uma eventual ausência do jogador do Manchester United é um problema conhecido (e antigo). Foi sem ele que o Brasil caiu eliminado diante da Bélgica na Copa do 2018, por exemplo.
A convocação de Fabinho é mais do que a procura por um volante. É uma tentativa de achar um perfil muito específico, que pode ter um papel fundamental em jogos de extrema importância na Copa.
Por isso, o ex-jogador do Liverpool é um dos pontos de maior atenção nesses dois jogos.
QUAL SERÁ A DEFESA TITULAR?
Desde que Carlo Ancelotti assumiu a seleção, seis zagueiros diferentes foram titulares: Alexsandro Ribeiro, Marquinhos, Gabriel Magalhães, Fabrício Bruno, Éder Militão e Lucas Beraldo.
Na última Data Fifa do ano, e penúltima até a lista final da Copa, a comissão técnica entende que chegou a hora de desenhar uma linha defensiva mais clara. Os jogos contra Senegal e Tunísia devem ajudar nessa definição.
Os três favoritos possuem bons argumentos: Marquinhos tem a seu lado a experiência; Gabriel Magalhães está em ótima fase; Militão trabalhou (e ganhou) durante anos com Ancelotti no Real Madrid.
Titular em três jogos com Ancelotti, Alexsandro Ribeiro está machucado e já havia faltado nos duelos na Ásia. Fabrício Bruno tem como desafio recuperar a confiança após o erro contra o Japão; e Lucas Beraldo, que jogou no duelo com os nipônicos, não foi chamado.
A PROCURA (OU NÃO) PELO CAMISA 9
Os duelos de Londres e Lille marcam mais um capítulo na busca por um centroavante na seleção. Eles serão a chance de dois jogadores que marcaram no fim de semana no Campeonato Inglês: Richarlison e João Pedro.
O atacante do Tottenham não marca um gol pela seleção desde as oitavas de final da Copa do Mundo de 2022, contra a Coreia do Sul. As repetidas convocações de Richarlison têm sido alvo de críticas, e as partidas contra
Senegal e Tunísia são mais uma chance dele se provar.
Para João Pedro, a Data Fifa também é importante: ele volta às convocações após ser poupado dos jogos na Ásia. O atacante do Chelsea ainda não marcou com a camisa da seleção e tenta se consolidar como opção confiável para uma posição em crise.
Por enquanto, Ancelotti parece disposto a jogar sem um “camisa 9”: na melhor atuação da equipe sob seu comando, os 5 a 0 na Coreia, Matheus Cunha, Rodrygo, Estevão e Vini Jr se movimentavam na frente, sem uma referência fixa.
* IGOR SIQUEIRA E THIAGO ARANTES (UOL/FOLHAPRESS)
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