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Michael chegou na sala de imprensa do Ninho do Urubu gritando “salamaleico”, expressão árabe que diz que “a paz esteja convosco”. E de fato, estava. Em uma apresentação hilária, o atacante arrancou risadas dos jornalistas e esbanjou irreverência em sua entrevista coletiva.
Ele se colocou à disposição para reestrear neste domingo, contra o Red Bull Bragantino, pelo Brasileiro, e o vice de futebol do Flamengo, Marcos Braz, admitiu que o jogador deve ser relacionado. O atleta já está regularizado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF.
“Estou pronto, claro, estava jogando. Fui campeão no sábado da Supercopa da Arábia Saudita. Joguei os dois jogos, estava treinando e em pré-temporada. Espero estar pronto para o nosso treinador, mas quem escala é ele. A opção é dele. Aquilo que ele achar que é melhor eu vou ajudar”, declarou Michael.
Michael frisou que cumpriu sua palavra em voltar e que abriu mão de muito dinheiro por isso. Também destacou o sentimento de se sentir em casa no Ninho do Urubu.
“Ontem não encontrei ninguém porque quando cheguei o elenco já não estava, mas reencontrei funcionários, tomei café com eles, já estou acostumado. Eu saí, mas lembrava de cada detalhe, cada móvel daqui. É como se já tivesse adaptado. Muito feliz de poder voltar e estar aqui. Parece que a gente nunca sai. Tem emoção, energia surreal e espero poder contribuir mais ainda.”
VEJA OUTRAS FRASES DE MICHAEL:
Gratidão: “Quero agradecer o carinho e a atenção. Não foi fácil, mas entramos num acordo para chegar aqui para que eu possa dar o meu melhor. Eu era muito querido por todos, mas tinha um desejo muito grande de voltar ao Brasil. Queria muito voltar a esse clube. Sobre parte de valores, é diferente, mas, quando a gente falou em 2022, não era um adeus, era um até breve. Falei para o Marcos Braz algo que nunca esqueço: eu vou, mas sempre que voltar vou notificar. Não é que o Flamengo me quer, eu que tenho perguntar se eu posso voltar. Já ganhei títulos, já perdi títulos, mas sempre dei o meu melhor […] Seja da maneira que for, estarei sempre torcendo para ganharmos. Esse clube dá a oportunidade de estar sempre brigando por títulos”.
Brincadeira da torcida “quando está feio, esquece”: “Estou mais feio, um pouco mais velho, um pouco mais experiente [risos]. Ganhei mais títulos, volto procurando contribuir com eles, que já ganharam. Quando saí, o Flamengo ganhou título, eu também ganhei. Volto mais experiente, tentando contribuir um pouquinho mais. Acho que essa é a grande diferença”.
Neymar e Cristiano Ronaldo: “Eu zerei a vida. Porque tive a oportunidade de conhecer o Neymar. E joguei com ele, trabalhei com ele. Foi maravilhoso. Depois tive a oportunidade de jogar contra o Cristiano Ronaldo e contra o Messi. E fiz gol nos dois jogos. Neymar é um cara incrível, ser humano de coração incrível. Além de ser aquele cara brincalhão, dá um papo bom para tu. Ele dava muito conselho. Para mim, ele é o melhor. Sou brasileiro e torço muito para que ele recupere”.
Relação com Jorge Jesus: “Quando cheguei aqui, ele era o treinador. Não cheguei muito pronto ao Flamengo, eu era garoto. Na parte mental e física eu não era o Michael que sou. Ele falava “F…-se, sem a bola tu é burro pra c…”. Filipe Luís gritava: “Animal”. Tu não sabe o que tu faz com a bola, dizia o Mister. Eu jogava com instinto”.
Ganhou presente inusitado na Arábia Saudita?: “Ganhei aumento [risos]! Um dia eu conto. O amor, o carinho. A minha filha lá era mais artista que eu, tirava mais foto. Pessoal queria ver minha filha. O amor e respeito que eles têm conosco é muito grande”.
Escolha pela camisa 30: “Vi aquele número e ninguém tinha ele. Eu não ia arrumar discussão. Quero vir, contribuir e ajudar. Número que me agradava e agradava ao clube”.
* BRUNO BRAZ (RIO DE JANEIRO, RJ,UOL/FOLHAPRESS)
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