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Acreditar, por si só, não foi suficiente na Copa do Brasil. Vice-campeão do torneio nacional, o Atlético-MG vai precisar canalizar a energia para outra final: a da Libertadores.
Os gritos da torcida atleticana, passada a chuva de copos durante a comemoração do gol do Flamengo, já deram o tom do grau de tensão e ambição por uma resposta dia 30, contra o Botafogo.
“Infelizmente perdemos um título, mas temos outro para disputar daqui a 19 dias”, disse o goleiro Everson.
Não só para levantar uma taça, conquistar o título continental pela segunda vez. Mas pelo efeito cascata que o troféu pode causar.
O cenário no Brasileiro gera uma pressão ainda maior. O Galo está em posição bem desconfortável para tentar uma vaga direta na fase de grupos. E precisa remar com força para alcançar a fase preliminar.
Com dois jogos a menos no momento um será pago quarta-feira contra o próprio Flamengo, o time tem 41 pontos: seis atrás do rival Cruzeiro que hoje fecha o G7. Dá para sonhar.
Mas com o vice da Copa do Brasil, o caminho que ficou mais curto para estar novamente na competição continental em 2025 é justamente vencer a edição 2024.
O dilema é pisar fundo no acelerador no Brasileiro já de imediato ou esperar para ver o que acontece em 30 de novembro, no Monumental de Núñez, contra o Botafogo.
O Atlético-MG priorizou as copas até aqui. Não é segredo. Mas esse foco pode custar caro, se nadar, nadar e morrer na praia.
Ficar fora da Libertadores afeta a projeção de receitas do clube. Esportivamente, tira o Galo dos principais palcos continentais. E se isso acontecer com uma derrota para o Botafogo, significa que o time deixou passar a oportunidade de estar no Mundial de Clubes 2025 e no Intercontinental deste ano.
O preço de mais um tropeço na final será altíssimo.
* IGOR SIQUEIRA (UOL/FOLHAPRESS)
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