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Justiça suspende investigação sobre presidente da CBF

Da Redação*
Publicado em 31 de julho de 2025 às 21:14

SAMIR XAUD PRSIDENTE DA CBF

Foto: Rafael Ribeiro/CBF

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O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima determinou nesta quinta-feira (31) a suspensão em caráter liminar das investigações a respeito do suposto envolvimento do presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Samir Xaud, em esquema eleitoral no estado.

Xaud foi alvo de operação da Polícia Federal na quarta-feira (30). A inclusão de seu nome foi motivada por um áudio em que ele é mencionado por um dos investigados.

O desembargador Jésus Nascimento, relator do caso, determinou que a apuração seja interrompida até o julgamento do mérito do pedido de habeas corpus apresentado pelos advogados de Xaud.

Segundo o magistrado, os elementos apresentados até o momento são insuficientes para justificar a inclusão de Xaud como alvo de investigação.

O juiz Ângelo Augusto Mendes, da 5ª Zona Eleitoral de Roraima, autorizou buscas da PF em endereços de Xaud no estado e na sede da CBF, no Rio de Janeiro, que ocorreram na quarta-feira.

Ele se baseou em áudio obtido pela Polícia Federal de uma conversa em que Renildo Lima, candidato a vereador, diz à sua mulher, a deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR), que Xaud conseguiria votos para eles.

O áudio diz: “Agora nós estamos mais fortes, graças a Deus, porque eu e Helena tivemos o cuidado de colocar nas superintendências políticos que já foram testados nas urnas e bem votados. Por exemplo, o Samir [Xaud] teve 5.000 votos, então, o pedido dele, pelo menos 500 ele consegue”.

Segundo Mendes, a polícia entendeu que a mensagem revela que Xaud foi nomeado estrategicamente a cargo de direção partidária e utilizado para captação de votos em benefício do grupo.

A conclusão foi tirada, de acordo com o juiz, porque a frase de Renildo sugere que suas indicações seriam revertidas em votos para os candidatos aliados.

A atitude, aponta a decisão, indica possível utilização de função pública para favorecimento eleitoral, conduta que configura abuso de poder político e captação ilícita de sufrágio.

Em sua decisão, o desembargador Nascimento afirma que Xaud foi apenas citado, sem qualquer vinculação a supostos delitos, e a manutenção da investigação pode levar à exposição de informações relativas a ele sem sem lastro em provas colhidas no inquérito, “acarretando-lhe prejuízo de difícil reparação”.

O Ministério Público do estado já havia sido contrário às determinações pedidas pela PF contra Xaud por também não encontrar indícios concretos ou individualizados de sua vinculação ao suposto esquema eleitoral.

A investigação da Polícia Federal começou após a apreensão de R$ 500 mil, em setembro de 2024, às vésperas das eleições municipais. O valor foi encontrado na cueca de Renildo, durante a campanha.

Ao todo, foram determinados dez mandados de busca e apreensão nos estados de Roraima e Rio de Janeiro, além do bloqueio judicial de mais de R$ 10 milhões nas contas dos investigados.

* GUILHERME SETO (FOLHAPRESS)

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