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Nem o judô nem Willian Lima figuravam na lista de favoritos a medalhas. Neste domingo (28), o duplo prognóstico virou só curiosidade quando o atleta do interior de São Paulo alcançou a final da categoria até 66 kg e a medalha de prata, o primeiro pódio do Brasil nos Jogos de Paris-2024.
Lima, 24, foi derrotado por ippon pelo japonês Abe Hifumi, que defendia o título olímpico e é o atleta dominante na categoria há quatro anos. O brasileiro chegou ao duelo final após um combate amarrado com o cazaque Gusman Kyrgyzbayev, bem mais experiente, com um ippon, o golpe decisivo no judô, no Golden Score.
Se o resultado final era o esperado, o dia de Lima foi surpreendente. O atleta do Pinheiros figura entre os melhores do mundo, mas não entre os líderes da categoria, como Abe. O judoca nascido em Mogi das Cruzes, que preferia a natação quando criança, contou também com a sorte. Abe e o campeão europeu, Denis Vieru, da Moldávia, estavam do outro lado da chave.
Kyrgyzbayev e Vieru chegaram ao bronze
A conquista mantém a escrita do judô no país, que desde o pioneiro bronze de Chiaki Ishii, em Munique-1972, já coleciona 25 pódios olímpicos. A modalidade não falha em trazer medalhas para o Brasil esde Los Angeles-1984.
Lima é também o primeiro finalista olímpico do judô masculino desde Tiago Camilo e Carlos Honorato, que foram prata em Sydney-2000.
Vinda da repescagem, Larissa Pimenta ainda tentaria um bronze em Paris na sequência da programação.
* JOSÉ HENRIQUE MARIANTE (PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS)
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