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Fernando, Juan, Hernane Brocador e Rodinei podem ter poucas coisas em comum, mas todo foram heróis do Flamengo em títulos de Copa do Brasil. O clube sonha com um novo nome para ficar na história da competição e confirmar o quinto título. Gabigol? Arrascaeta? Um nome inesperado? Neste domingo, o Rubro-negro encara o Atlético-MG, às 16h, na Arena MRV, em busca do penta na competição. Na ida, vitória por 3 a 1.
FLAMENGO PREPARADO
O Flamengo só largou em vantagem em duas das quatro finais que ganhou. Em 1990, contra o Goiás, venceu por 1 a 0 em Juiz de Fora, já que não podia atuar no Maracanã. Em Goiânia, o empate por 0 a 0 confirmou a taça. A outra vantagem foi em 2006, contra o Vasco. O Fla ganhou a ida por 2 a 0, com gols de Obina e Luizão. Na volta, Juan sacramentou o título com o 1 a 0.
As outras duas finais foram mais tensas. Contra Athletico e Corinthians, o Flamengo empatou a primeira partida fora de casa. No Maracanã, resolveu com dois gols no final em 2013, quando Elias abriu a conta e Hernane fechou. Mas em 2022 o duelo foi para os pênaltis. Dos pés de Rodinei saiu a cobrança decisiva.
“No meu entendimento, as duas equipes que jogam o melhor futebol no campo são Botafogo e Flamengo. Mesmo que tenha jogado no Galo também, não dá para afastar o favoritismo do Flamengo com dois gols de vantagem.
Me preocupa apenas uma coisa: o condicionamento físico da equipe cai muito no segundo tempo. Isso é um fator preocupante. Fora isso, não consigo ver uma reação do Galo” – Fernando, herói em 1990
“Eu vejo o Flamengo com grande chance de conquistar o título. Pelo resultado do primeiro jogo, mas acima de tudo pelo time que tem. É um time muito qualificado. Se fizerem um bom jogo, concentrados e sem achar que está ganho, tem tudo para conquistar o título da Copa do Brasil.” – Juan, herói em 2006
“O Flamengo tem uma grande vantagem. Sabemos que dificilmente o Galo vai conseguir tirar. Se o Fla faz gol lá, muito complicado tirarem essa diferença. O Flamengo precisa jogar de igual para igual lá, como já faz dentro e fora de casa contra qualquer equipe. Muitas vezes atacando bem mais. É um time muito ofensivo, que consegue ter a posse. O Fla tem a receita, a vantagem e creio que foi uma vantagem muito boa em casa. É difícil, bate um pouco da ansiedade, mas o Flamengo está pronto para essa final.” – Hernane Brocador, herói em 2013
GOLS NA MEMÓRIA
O gol de Fernando foi ainda no jogo de ida. Em bola cruzada na área, o ex-zagueiro subiu e mandou para o fundo da rede. Depois, correu em direção à torcida, que subia no alambrado para comemorar. Naquele mesmo confronto, acabou expulso e assistiu do lado de fora o time sacramentar a taça.
A memória é de um grande grupo, mesclado com jogadores jovens como Djalminha, Piá , Marquinhos e outros experientes como Junior, Renato Gaúcho, Gaúcho, Zé Carlos, Aílton, Zinho, entre outros. Deu liga esse grupo no comando do Jair Pereira e fomos campeões.
“Era a segunda edição da Copa Brasil e, ainda que não tivesse o glamour deste sábado (9), encaramos como decisão de um título, com o peso da torcida do Flamengo e sua camisa. Portanto, foi marcante ter conquistado a primeira Copa do Brasil”, diz Fernando.
Juan fez o gol em um chute de fora da área aos 27 minutos do primeiro tempo. A bola sobrou e ele chegou mandando para o fundo da rede. O ex-lateral beijou a camisa do Flamengo enquanto corria pelo gramado comemorando.
No momento do gol a gente não sabe nem o que fazer. Para onde correr, onde ir. De tanta emoção e alegria. Acabei comemorando ali beijando a camisa do Flamengo. Tem algo muito especial com essa camisa. Quando acabou a partida foi só comemorar. Não tem uma hora para cair a ficha de tudo que aconteceu. Dá um tempo para a gente de fato perceber tudo que conquistamos dentro de campo. Juan
Quando fez o gol, Hernane avisou: acabou. Ele fez o gesto com as mãos quando colocou o 2 a 0 no placar aos 49 minutos do segundo tempo. De costas, dominou e fez quase um voleio sem sequer olhar para a rede. Ele terminou com a dancinha enquanto o Maracanã explodia em comemoração.
“O que passou na minha cabeça foi a realização de um sonho. O sonho de jogar em uma grande equipe, disputar um título. Uma final no Maracanã. Quando tive a oportunidade, voltei no tempo. Uma sensação maravilhosa.
Realizar esse sonho de criança, fazer uma decisão no Maracanã. Fiz aquele gol e foi incrível”, dizHernane.
Com Rodinei, o estádio ficou tenso na cobrança de pênaltis. Gabigol veio antes e levantou o estádio. Depois, o lateral teve nos pés a chance de redenção completa no Fla e a concretizou. Saiu correndo por todo o gramado com a camisa nas mãos.
No jogo de ida, Arrascaeta marcou o primeiro gol e Gabigol fez os outros dois.
* LUIZA SÁ (UOL/FOLHAPRESS)
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