Lewis Hamilton, 39, viveu neste domingo (8) seu último Grande Prêmio como piloto da equipe Mercedes. O inglês que vai pilotar pela Ferrari a partir de 2025 se despediu da equipe pela qual conquistou seis de seus sete títulos com uma boa exibição no circuito de Abu Dhabi. Depois de largar na 16ª colocação, ele cruzou a linha de chegada em quarto.

Antes da corrida, o britânico contou como foram seus últimos dias na escuderia alemã e descreveu como “uma sensação estranha” o que sentiu em seus últimos momentos como piloto da equipe pela qual ele correu nos últimos 12 anos.

“Na quinta-feira, todos da equipe se reuniram e eu não consegui controlar minhas emoções”, disse o inglês pouco antes da largada. “Provavelmente terei mais momentos assim hoje e essa semana, quando voltar à fábrica para me despedir”, acrescentou.

“Mas me sinto bem e sou extremamente grato a todos da equipe por todos esses anos”, emendou o piloto.

Lewis Hamilton se despede da Mercedes com seis títulos, 246 provas disputadas, 84 vitórias recorde de um piloto por uma mesma equipe, 78 poles, além de 153 pódios.

Desde o vice-campeonato de 2021, porém, o inglês viveu seus piores anos pela equipe. Em 2022, teve sua pior colocação no Mundial de F1, terminando na sexta posição, em 2023, mesmo com a instabilidade seu carro, conseguiu ser o terceiro colocado, mas renovou neste ano sua pior marca, com um sétimo lugar.

“A nível pessoal, foi um ano difícil e acredito que não me expressei da melhor forma possível no momento de gerir as emoções e enfrentá-las”, reconheceu. “Ao longo da minha carreira, vocês me viram no meu melhor e no meu pior, mas não vou me desculpar, pois sou humano e não consigo ser perfeito. Mas posso dizer que este foi um dos meus piores anos, por isso tenho de trabalhar para tentar fazer melhor”, afirmou.

FUTURO DA FERRARI

Lewis Hamilton fez questão de afirmar que evitou pensar na Ferrari até encerrar seu ciclo na Mercedes. O inglês, contudo, admitiu que sua ida para a equipe italiana renovou sua motivação. “É o sonho de todo piloto.”

À espera de seu novo piloto, a escuderia italiana lutou neste domingo para conquistar o título do Mundial de Construtores, mas acabou superada em uma disputa acirrada pela McLaren, que levou o troféu graças à vitória de Lando Norris em Abu Dhabi.

Carlos Sainz, em segundo, e Charles Leclerc, em terceiro, fecharam o pódio, mas nem assim conseguiram impedir a festa da equipe laranja.

A equipe britânica não conquistava o troféu desde 1998. A Ferrari, por sua vez, permanece na fila e não leva o troféu desde 2008.

* FOLHAPRESS